Petecão pede ao governo que ouça quem conhece a realidade da Amazônia

Da Agência Senado | 11/04/2024, 17h52

O presidente da Comissão de Segurança Pública (CSP), Sérgio Petecão (PSD-AC), declarou nesta quinta-feira (11) que, na tomada de decisões sobre a Amazônia, o governo federal deve ouvir pessoas que conheçam a realidade da região. Representando o Senado em encontro de comissões legislativas de segurança pública na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Petecão fez coro com a preocupação das autoridades de segurança da Amazônia, também presentes ao evento. Disse que os parlamentares estão fazendo a sua parte como representantes do povo.

— Conheço muitos colegas que convidei para a Comissão de Segurança e disseram “tu é doido”. (…) Se cruzarmos os braços, é tudo que [os criminosos] querem. Alguém tem que fazer o enfrentamento.

Petecão saudou a “firmeza” dos membros da CSP e a boa vontade do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mas cobrou a apresentação de informações completas e realistas sobre a situação da segurança de uma região que definiu como “perigosíssima”.

Fiscalização difícil

Realizado em 11 e 12 de abril, o encontro é promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) em parceria com a Aleam, e tem como tema a atuação do Poder Legislativo na proteção da Amazônia Legal. Na abertura do evento, Petecão mencionou a dificuldade de fiscalização na Amazônia e cobrou ajuda do governo federal na segurança das fronteiras e no combate às facções criminosas da região.

— Não sou nenhum especialista, mas não tenho dúvida: é muito mais fácil combater o tráfico de drogas na fronteira do que combater nos morros do Rio de Janeiro. Por mais que os governos estaduais (…) se esforcem, é muito difícil. Temos que ter o apoio do governo federal.

Sérgio Petecão afirmou também a disposição da CSP de ouvir os agentes públicos dos estados da Amazônia e contribuir para o encaminhamento de suas demandas ao Ministério da Justiça. Ele também pediu fortalecimento da infraestrutura de portos e aeroportos na região, o que considera importante no enfrentamento do narcotráfico, e somou-se à demanda da população do Acre por um pelotão do Exército na cidade de Jordão, na fronteira com o Peru.

— Essa presença do Exército na região intimida o pessoal que lida com o narcotráfico. Isso nos dá uma sensação de segurança muito grande — resumiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)