Cássio Cunha Lima vê avanços na reforma política, mas defende doação de empresas a campanhas
Iara Guimarães Altafin | 03/09/2015, 14h38
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) apontou como positivas as mudanças contidas no projeto de reforma política votado no Senado. Ele mencionou o barateamento das campanhas, o fim das coligações e a redução do tempo de televisão e do tempo de campanha, entre outros aspectos.
O parlamentar, no entanto, disse nesta quinta-feira (3) que não concorda com a proibição da doação de empresas às campanhas políticas.
— Eu já recebi financiamento empresarial e meu mandato é legítimo, autônomo, exercido com coerência, autonomia e independência. Quando você tira as empresas, você elimina quem faz a política de forma clara e transparente, e estimula a volta do caixa dois. É preciso rediscutir o assunto e a Câmara dará nova posição sobre o tema — opinou.
Impressão do voto
Ainda entre os aspectos positivos aprovados no Senado, Cássio Cunha Lima destacou a aprovação da impressão do voto.
— O voto continuará sendo eletrônico, mas terá um cupom, que será automaticamente depositado numa urna, dentro da cabine secreta. Não tem risco de ter sigilo quebrado e você pode, numa necessidade, auditar o resultado da eleição — disse.
Ao observar que caberá à Câmara a palavra final sobre a reforma política, o senador disse acreditar que as expectativas da sociedade, pelo menos em parte, estarão atendidas.
— Reforma política é como seleção brasileira, cada um tem seu time, cada um tem sua escalação. As pessoas têm em suas cabeças uma concepção de modelo político-eleitoral. Você nunca vai corresponder plenamente às expectativas. Mas, pelo menos em parte, haverá retorno positivo, essa é minha crença.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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