Ministro da Nova Zelândia quer aumentar intercâmbio de estudantes

Da Redação | 28/04/2015, 12h06

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) promoveu nesta terça-feira (28) uma audiência pública com Steven Joyce, ministro da Educação Superior, Desenvolvimento Profissional e Empregabilidade da Nova Zelândia. Ampliar o intercâmbio entre universidades dos dois países, especialmente nas áreas da agricultura e meio ambiente, é um dos objetivos de Joyce, que é também titular das pastas de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Inovação.

— Acho que Brasil e Nova Zelândia concordam que educação é um passaporte para o sucesso no mundo moderno. Prover educação de qualidade para os cidadãos é uma das coisas mais importantes que o governo pode garantir — disse.

O ministro neozelandês também quer atrair mais estudantes brasileiros para o seu sistema de ensino. Em 2013, 2.335 brasileiros escolheram o país para estudar. De acordo com Joyce, a Nova Zelândia, que aderiu ao programa Ciência sem Fronteiras, oferece oportunidades de intercâmbio em diversas universidades. Ele explicou que todas as instituições de ensino kiwis (como também são conhecidos internacionalmente os neozelandeses) seguem um conjunto de normas para garantir experiências positivas a todos os estudantes.

— Temos a felicidade de garantir que os estudantes tenham contato com um mosaico de culturas — assinalou Joyce ao registrar que a Nova Zelândia recebe anualmente milhares de jovens de todas as partes do mundo.

Ao responder perguntas dos senadores Romário (PSB-RJ) e Hélio José (PSD-DF), o ministro explicou que a maioria das escolas da Nova Zelândia é mantida pelo governo e seguem o mesmo currículo, mas gozam de liberdade para aplicar métodos de ensino diferentes e contam com relativa autonomia financeira. As instituições de ensino são também submetidas a avaliações contínuas para garantir seu aprimoramento.

De acordo com Joyce, a prática de esportes também é incentivada nas escolas neozelandesas.

— Entendemos que o esporte é um vínculo muito importante para superar os desafios do mundo moderno — disse.

Comércio

O comércio de mercadorias entre os países ainda é modesto, com a balança comercial favorável ao Brasil. Além de estimular a cooperação nas áreas de pesquisa, inovação e intercâmbio estudantil, o ministro neozelandês, espera aumentar o fluxo comercial.

Segundo ele, as empresas da Nova Zelândia “são pequenas, porém seletivas” e atuam em nichos de mercado como tecnologia da informação, biotecnologia, agrotecnologia e ciência ambiental. A Nova Zelândia tem 4 milhões de habitantes e ocupa a 7ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global.

— Mais empresas da Nova Zelândia gostariam de atuar no Brasil. Qualquer coisa que o governo brasileiro possa fazer para simplificar a entrada delas seria proveitoso — afirmou Joyce.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)