Trabalhos da CPI Mista serão intensificados, diz Vital do Rêgo

Anderson Vieira e Larissa Bortoni | 29/10/2014, 19h33

O presidente da CPI Mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que vai acelerar os trabalhos da comissão de inquérito neste fim de ano. A primeira providência, segundo ele, será prorrogar as atividades do colegiado até 22 de dezembro. Inicialmente, a CPI tem prazo para funcionar até 23 de novembro. Para a prorrogação, é necessária a concordância de 171 deputados e de 27 senadores e, conforme o presidente, os líderes já se comprometeram a recolher as assinaturas.

Segundo Vital do Rêgo, os parlamentares passarão a fazer duas reuniões semanais, o que vai permitir colher maior número de depoimentos. Na próxima quarta-feira (5), o relator Marco Maia (PT-RS) apresentará um cronograma de trabalho. Nesse dia, também haverá uma reunião deliberativa para análise das centenas de requerimentos que aguardam deliberação.

Todas as quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico serão analisadas previamente pelos líderes para que na quarta-feira que vem nós já tenhamos um bloco consensualizado. Aqueles sobre os quais não houver consenso vão a voto de forma democrática - explicou.

Delação

O presidente voltou a insistir na importância de a CPI receber as informações da delação premiada de Paulo Roberto Costa com o Ministério Público e Polícia Federal.

Também deliberamos sobre uma visita ao ministro Roberto Barroso para tratar da delação premiada e mostrar nossa ansiedade com relação à deliberação do Supremo. Hoje temos um arsenal enorme para investigar profundamente os resultados da operação Lava Jato e os negócios da Petrobras, mas precisávamos muito da delação premiada para fechar a investigação, daí a insistência do Congresso — afirmou.

O ministro Barroso é o relator do mandado de segurança impetrado pela CPI Mista pedindo acesso ao conteúdo dos documentos da delação premiada.

Nova CPI

Indagado sobre a possibilidade de instalação de uma nova CPI em 2015 para dar continuidade às investigações,  Vital do Rêgo disse que trata-se de um assunto para o ano que vem. Na opinião dele, o importante é cumprir a missão deste ano.

- Nós só vamos até o dia 22 porque não poderemos ir mais. Teremos um legado a deixar para a sociedade: um banco de dados importante e um relatório votado.  O próximo Congresso decide ou não por novas investigações - concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)