Roberto Requião pede urgência do governo para medidas econômicas

Da Redação e Da Rádio Senado | 28/10/2014, 16h50

Ao analisar o resultado do segundo turno das eleições para presidente da República, durante pronunciamento nesta terça-feira (28), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que a urgência do Brasil é por medidas econômicas e não apenas pela reforma política.

Ele saudou a presidente da República Dilma Rousseff, pela reeleição no segundo turno das eleições, com pouco mais da metade dos votos válidos apesar, segundo ele, do alinhamento da mídia com o candidato de oposição, Aécio Neves. Também reclamou que a mídia insiste em dividir o Brasil em dois, com a divulgação de mapas que não têm outra utilidade que não a de reforçar o preconceito entre as regiões do Brasil. O senador lembrou que um mapa com a votação por município desconstrói essa divisão do Brasil por regiões que a mídia fez.

Requião acrescentou que a votação obtida pela presidente nas Regiões Sul e Sudeste superou em mais de dois milhões os votos que ela recebeu nas Regiões Norte e Nordeste.

Reformas

Roberto Requião disse concordar quando os dois candidatos agora falam em unir o país em torno de ideias. Entretanto, ponderou que se as propostas ficarem restritas às reformas política e eleitoral, será pequena a chance de melhorar a vida dos brasileiros.

Para o parlamentar, o governo deve, na verdade, priorizar medidas como a redução da concentração de renda e o combate à especulação financeira.

— Não vai sobrar política, ou políticos ou partidos se o Brasil continuar se desindustrializando, perdendo competitividade, recuando nos campos da inovação e da tecnologia, dependente, como há quinhentos anos, da exportação de produtos primários e da importação de produtos industrializados. Não há futuro político para um país com um PIB tão ridículo quanto o nossoadvertiu.

Na opinião de Roberto Requião, o governo não deve seguir o que quer o mercado, que, por intermédio da mídia, defende medidas como o ajuste fiscal e a redução de gastos. Esses fundamentos, lembrou o senador, seriam adotados por Armínio Fraga, cotado para ser o ministro da Fazenda, caso o senador Aécio Neves vencesse a disputa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)