Ministro de Relações Exteriores é convidado a debater crises na Ucrânia e na Venezuela

Marcos Magalhães | 24/04/2014, 12h54

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, deverá comparecer à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) para debater as crises políticas da Ucrânia e da Venezuela. A decisão de convidar o ministro foi tomada nesta quinta-feira (24) pela comissão, que aprovou requerimento neste sentido apresentado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

Ao defender seu pedido, Alvaro recordou visita à comissão do embaixador da Ucrânia no Brasil, Rotyslav Tronenko, no final de março, quando ele pediu ao Brasil para "não ficar em cima do muro" em relação à invasão da Crimeia por tropas da Rússia. O senador acrescentou que o Paraná, estado que representa, conta com uma significativa população de origem ucraniana, que está apreensiva com os destinos daquele país.

A respeito da Venezuela, Alvaro Dias ressaltou que a crise política no país vizinho tem sido "intensamente debatida" no Senado, inclusive durante recente visita da deputada de oposição venezuelana Maria Corina Machado, à comissão, no início deste mês. Na audiência pública de que participou, Corina criticou a atuação do governo do presidente Nicolás Maduro na repressão a manifestações por maiores liberdades democráticas e pediu apoio dos governos e dos parlamentos de toda a América Latina ao movimento em favor da democracia na Venezuela.

Na presidência da reunião, a senadora Ana Amélia (PP-RS) considerou "oportuna" a presença do ministro das Relações Exteriores em uma reunião da comissão, ainda a ser agendada, uma vez que a situação na Ucrânia "inspira muitos cuidados". Ela recordou ainda ter participado nesta semana de um encontro de Figueiredo com os integrantes da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), durante a qual, segundo relatou, o ministro fez uma exposição "extremamente transparente" sobre a situação da Venezuela e os esforços da União das Nações da América do Sul (Unasul) e do Vaticano por uma solução pacífica à crise política naquele país.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: