Cristovam Buarque sugere mais educação para mudar modelo de desenvolvimento

Da Redação | 21/08/2012, 16h20

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que o modelo de desenvolvimento adotado pelo Brasil desde a década de 1930 tem mostrado sinais de exaustão. Mas o pior deles, para o senador, é a exaustão da falta de conhecimento, de produção em ciência e tecnologia e da capacidade de criar.

- Não há futuro fabricando apenas; é preciso criar no Brasil – afirmou o parlamentar, para quem é mais vantajoso criar no Brasil e produzir fora do que o contrário, já que as patentes levam um parte considerável da renda gerada pelo que é produzido.

Em pronunciamento nesta terça-feira (21), o parlamentar afirmou não haver outra saída, para o país, do que “tomar o caminho do criador de conhecimento, das patentes, das invenções”. Mas, para o senador, para isto falta a base, que é a educação.

O parlamentar citou a avaliação da educação brasileira aferida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), elaborado pelo Ministério da Educação. O índice deu nota média de 3,7 para os 14 milhões de alunos que frequentam escola pública no Brasil, enquanto a nota média de 1,5 milhão de alunos da escola particular é 6.

- Isto é um sinal claro de reprovação no vestibular do futuro, até porque o futuro tem a cara da escola do presente. Escola bonita, professor contente, alunos estudando, futuro bonito e próspero. Escolas degradadas, professores descontentes, alunos sem aprender, futuro feio, sem prosperidade – disse.

Para Cristovam Buarque, “é triste ver que o governo brasileiro, que desperta para a necessidade de mais infraestrutura, para a necessidade de incentivos de isenções fiscais para dinamizar venda de bens de consumo, não parece estar despertando para a exigência de investimentos na infraestrutura intelectual, na infraestrutura do conhecimento, da educação, da ciência e tecnologia”.

O parlamentar ainda chamou a atenção para a “vergonhosa desigualdade” entre a escola pública e a escola privada. Para ele, “o berço da desigualdade está na desigualdade da escola”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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