Após reunião de líderes, sessão do Congresso é confirmada para as 19 horas

Da Redação | 22/09/2015, 18h01

Os líderes partidários confirmaram, ao final da reunião encerrada nesta tarde (22) com o presidente do Senado, Renan Calheiros, a realização da sessão do Congresso Nacional a partir das 19h. O líder do governo, Delcídio do Amaral (PT), disse ser preciso resolver "de uma vez por todas" a questão dos vetos e manifestou confiança de que o governo conseguirá os votos necessários para mantê-los.

O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), informou que, por consenso, base do governo e oposição concordaram em fazer a sessão, na qual, segundo ele, todos os vetos serão apreciados. Caiado anunciou ainda que a posição do DEM é pela derrubada dos vetos presidenciais.

Randolfe Rodrigues (AP), líder do PSOL, acrescentou que Renan Calheiros iria conversar com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para consultar os líderes daquela Casa se concordavam com a decisão tomada pelos senadores.

"Potencializar risco"

No início da tarde, em um apelo à responsabilidade fiscal, Renan havia manifestado o desejo de adiar a votação dos 32 vetos da presidente Dilma Rousseff, entre os quais o veto ao projeto de reajuste do Judiciário, sob o temor de "potencializar o risco Brasil".

— Acho que definitivamente é chegado o momento de fazermos um apelo à responsabilidade fiscal. O Congresso tem ajudado bastante o Brasil. Nós queremos ajudar e a maior sinalização que o Congresso pode dar hoje ao Brasil é de que não quer que o Brasil aumente o seu risco. E realizar a sessão do Congresso Nacional é potencializar o risco do Brasil — disse o presidente do Senado.

Ele afirmou que o Congresso fará o que for possível para não agravar a situação enfrentada pelo país. Disse que o Parlamento tem tomado medidas para ajudar o país a ajustar sua economia e concluiu que o pior que pode haver neste momento é o Parlamento realizar essa sessão.

— Eu acho que, do ponto de vista do Congresso, o mais recomendado, cedendo ao apelo de não permitir desarrumação fiscal, é adiar a sessão. Como nós vamos fazer, nós ainda não sabemos. Mas eu pretendo conversar com os líderes para que nós façamos isso com a maior responsabilidade fiscal, que é o que o Brasil cobra de todos nós nesse momento — afirmou ainda.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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