Cássio Cunha Lima critica gestão da economia

Da Redação | 27/03/2015, 11h21

Em discurso nesta sexta-feira (27), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) citou a divulgação do baixo índice de crescimento da economia brasileira de 2014 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para criticar a “política econômica desastrosa” da presidente Dilma Rousseff. O Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado ficou em 0,1%, o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia brasileira recuou 0,2%.

— As pessoas estão empobrecidas, o Brasil está desperdiçando conquistas que foram alcançadas pela nossa sociedade com muito esforço. Não foram os trabalhadores e assalariados brasileiros que jogaram o Brasil na recessão. Se existe um responsável pela recessão que estamos enfrentando, essa responsabilidade é da presidente Dilma Rousseff do PT — disse.

O parlamentar lembrou que o crescimento do PIB a partir de 2010 não foi sólido, já que não resultou de crescimento da indústria, mas sim da expansão do crédito e estímulo ao consumo. Até agora, o que tem salvado o PIB é a agroindústria, mas para 2015 as previsões são pessimistas, de retração da economia. As perspectivas são ruins para o brasileiro que já sofre com a inflação elevada, a redução da renda e o desemprego.

Cássio criticou a gestão do governo, que não para de se envolver em escândalos. O mais recente é o da Receita Federal, com desvios estimados em R$ 19 bilhões, montante superior ao orçamento de vários estados brasileiros, com a própria Paraíba. A gestão caótica não permite à presidente até mesmo nomear os ministros para as vagas abertas nos tribunais superiores, o que atrasa os processos e prejudica o cidadão.

— Estamos tendo um amontoado de pessoas que batem a cabeça e não conseguem dar um caminho, um prumo, um rumo para o país — disse.

Ele também lembrou que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, virá à Comissão de Relações Exteriores (CRE) para esclarecer “a burla feita ao Congresso Nacional”, que tem atribuição constitucional de resolver tratados, acordos e atos internacionais que acarretem encargos e compromissos gravosos ao patrimônio nacional. É o caso do Programa Mais Médicos. Na opinião de Cássio, sem autorização do Senado, o Brasil firmou um acordo bilateral com Cuba.

O parlamentar pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que acelere a votação do Projeto de Decreto Legislativo 33/2015, que susta os efeitos do aditivo firmado recentemente dentro do Mais Médicos que permitiu uma “evasão de divisas para reforçar a ditadura cubana sem a expressa autorização do Senado”.

— Apelo ao presidente Renan Calheiros que ele possa priorizar a apreciação do projeto pelo Plenário, para que sustem os efeitos da fraude praticada pelo governo. E que Arthur Chioro compareça à CRE, não para confundir a opinião pública, de que a oposição quer acabar com o Mais Médicos. Não, a oposição quer acabar com a corrupção, com a roubalheira e com a fraude que ocorre em varias áreas do país — declarou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)