Acir Gurgacz defende pensão mais alta para soldados da borracha

Da Redação e Da Rádio Senado | 02/03/2015, 15h54

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) destacou o início do pagamento de indenização de R$ 25 mil aos soldados da borracha — brasileiros, especialmente do Nordeste, que deixaram suas casas para extrair látex na Amazônia durante a 2ª Guerra Mundial.

Os seringueiros ou seus dependentes já têm direito a uma pensão de dois salários mínimos. Gurgacz, porém, apoiou o pleito de associações que querem equiparar o benefício mensal ao dos brasileiros que combateram na Europa durante a guerra — hoje de cinco salários mínimos.

— Esse sim será o verdadeiro reconhecimento que o governo brasileiro dará aos soldados da borracha. Essa luta é justa e, por isso, tem o meu total apoio. Vamos buscar na Justiça Federal esse direito que, no meu entendimento, é total desses guerreiros que tanto lutaram, na 2ª Guerra Mundial, aqui, na Amazônia.

Houve mais de 50 mil soldados da borracha, mas só cerca de 11,9 mil pessoas, entre ex-soldados e pensionistas, serão beneficiadas com a indenização, garantida pela Emenda Constitucional 78.

Rodovias de Rondônia

Acir Gurgacz também reclamou da péssima qualidade do asfalto usado em rodovias de Rondônia.As fortes chuvas que caem na Região Norte provocaram a interrupção das obras de recuperação das BRs-364, 425 e 429.

Segundo ele, basta começar a chover na região para a cobertura de asfalto se desfazer e, com isso, surgirem buracos, o que dificulta a trafegabilidade e coloca em risco a vida de motoristas e moradores que vivem às margens das rodovias.

Acir Gurgacz lembrou que os usuários querem a recuperação completa das rodovias, inclusive com a construção e reconstrução de pontes, mas o que prevalece é a operação tapa-buraco.

— Não compreendo por que essa desculpa das chuvas ainda é usada pelo Dnit e pelo Ministério dos Transportes e, principalmente, pelas empresas que são contratadas. Até parece que a operação tapa-buracos é a melhor ou a única saída administrativa. Creio que há outros caminhos e já provamos isso em obras gerenciadas pelo próprio Dnit. Derrubamos a tese de que não se faz obras rodoviárias nas chuvas da Amazônia, através da construção das travessias urbanas no município de Ji-Paraná e também da construção da ponte sobre o Rio Madeira, em Porto Velho.

Gurgacz acredita que ainda no primeiro semestre deve ser lançado o edital de licitação das obras do Projeto Multivias, na região de Vilhena (RO). O projeto prevê obras no trecho urbano da BR-364, na região de Vilhena, com a construção de marginais, ciclovia, rotatórias e pintura de faixa de pedestres.

Ele ainda defendeu que permaneça como uma das prioridades do PAC a construção da Ferrovia Transcontinental, no trecho em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, e Cruzeiro do Sul, no Acre. Quando pronta, a ferrovia vai ligar a região central do Brasil ao litoral do Pacífico, no Peru.

Segundo Gurgacz, se o projeto não for mantido como prioridade no PAC, poderá sair do papel por meio de uma parceria público-privada ou até por uma parceria internacional. Ele já conversou com o embaixador da China no Brasil sobre a possibilidade de investimento no projeto.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)