Oposição quer nova CPI da Petrobras em 2015

Da Redação | 01/02/2015, 18h29

O líder do Bloco da Oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), e o líder do DEM, Ronaldo Caiado (DEM-GO), afirmaram, neste domingo (1º), que vão se mobilizar para que as investigações de corrupção na Petrobras continuem em 2015.

Para Caiado, a instalação de uma nova CPI da Petrobras já é matéria vencida dentro do DEM. Ele destacou que, enquanto líder, tem uma função importante diante de um governo que está se esfacelando devido a crises de corrupções, escândalos e má gestão.

— Eu, como líder do partido, me responsabilizo de trazer as cinco assinaturas para que possamos entregar aos demais líderes para a instalação da CPI da Petrobras — destacou.

Ronaldo Caiado ressaltou que já foram desviados R$ 88,6 bilhões na Petrobras, valor que, segundo ele, equivale a todo o orçamento gasto na saúde durante um ano para atender 200 milhões de brasileiros.

O senador Alvaro Dias considera necessário investigar também denúncias de corrupção no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros temas. Alvaro lembrou que, diante de tantas denúncias, é imprescindível que projetos que combatam a corrupção tenham andamento no Congresso.

— É fundamental manter a denúncia permanente e o enfrentamento àqueles que se envolvem com corrupção — defendeu.

Quando indagado sobre os temas que poderiam ser discutidos em uma nova CPI da Petrobras, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) afirmou que é necessário ter calma sobre a questão. Ele observou que o ano legislativo está apenas começando e ainda não foi formalizado um pedido para a instalação de comissão parlamentar de inquérito. No entanto, Eunício fez questão de adiantar que o PMDB vai apoiar todas as decisões que visem à maior transparência nos atos públicos.

Em 2014, durante oito meses, a Petrobras foi alvo de duas CPIs no Congresso.

Reformas

Alvaro Dias e Ronaldo Caiado também destacaram a importância de o Congresso aprovar reformas no país. Caiado aponta falta de consistência política e credibilidade moral do governo e, por isso, defende a reforma política.

— Diante desse quadro emergencial, é preciso uma mudança substantiva nas regras do sistema eleitoral para que possamos quebrar essa tese de que a estrutura de governo e o poder financeiro definem as campanhas eleitorais do país — disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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