Líder do PMDB avalia positivamente nova equipe econômica

Da Redação | 27/11/2014, 18h55

Em entrevista à imprensa na tarde desta quinta-feira (27), o líder do PMDB e do bloco parlamentar da Maioria no Senado, senador Eunício Oliveira (CE), avaliou positivamente a nova equipe econômica do governo federal.

Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff anunciou Joaquim Levy como novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa como novo ministro do Planejamento e a manutenção de Alexandre Tombini à frente do Banco Central.

— Eu servi ao Brasil ao lado do então presidente Lula e o Joaquim Levy era do Tesouro Nacional. Alguém que tem experiência na área, que tem credibilidade na área. Convivi como líder com o agora ministro Nelson Barbosa. Acho que a presidente fez a escolha adequada e espero que isso gere confiança para que a gente possa viver momentos de expectativa positiva e de esperança para o povo brasileiro nessa questão da economia — disse Eunício.

O senador negou que já tenha sido convidado para integrar o novo grupo de ministros da presidente Dilma, que inicia seu segundo mandato em 1º de janeiro de 2015. O nome de Eunício vem sendo aventado pela imprensa como possível ministro.

— Meu projeto é ficar aqui no Senado e continuar, obviamente, se assim meus companheiros de partido entenderem, como líder nacional do partido e do Bloco da Maioria — afirmou.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) faz a mesma avaliação. Segunda ela, a nova equipe econômica do governo é experiente, séria e competente.

— Nomes muito bons, experientes na gestão pública, na vida pública. Pessoas de grande seriedade, respeitabilidade. Trabalhei com Nelson Barbosa quando eu era ministra-chefe da Casa Civil e também convivi com Joaquim Levy. Ele participou da equipe de transição para o primeiro governo de Lula, foi secretário do Tesouro, nos ajudou a construir as bases da economia que nós temos hoje, principalmente os programas sociais, que são um sucesso — opinou.

Questionada pelos jornalistas, a senadora garantiu que não será ministra no segundo mandato de Dilma.

— De jeito nenhum, sou senadora e ficarei aqui — respondeu Gleisi.

Já o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) disse considerar um estelionato eleitoral a escolha do economista Joaquim Levy para comandar o Ministério da Fazenda.

Paulo Bauer lembrou que a presidente Dilma Rousseff demonizou, durante a campanha eleitoral, as ideias e teses de Armínio Fraga, o formulador da política econômica do candidato do PSDB, Aécio Neves e,  agora, entrega os destinos da economia nacional a um aluno de Armínio Fraga.

Na opinião do senador, Levy é qualificado para o cargo, é respeitado por sua forma de trabalhar e pode fazer com que a economia brasileira tenha avanços. Mas, advertiu o parlamentar, "para fazer um bom trabalho, Levy precisa de autonomia".

— A presidente da República deve dar ao seu ministro autonomia e condição de trabalho para que ele possa formular uma política econômica que leve o Brasil a um patamar melhor do que esse que temos hoje — acrescentou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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