Senadores valorizam debate e negam propostas de mudança no acordo ortográfico

Iara Guimarães Altafin | 21/10/2014, 18h34

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa deveria entrar em vigor no Brasil em janeiro de 2013, mas o prazo foi prorrogado por decreto presidencial até janeiro de 2016. A mudança foi motivada por problemas nas novas regras, apontados por especialistas em debates ainda em 2012 com senadores da CE, que se empenharam para que o Executivo adiasse a adoção obrigatória do acordo.

Para debater o tema e sistematizar as sugestões de melhorias no acordo, a comissão criou, em 2013, um grupo técnico de trabalho coordenado pelos professores Ernani Pimentel e Pasquale Cipro Neto, que deverão apresentar uma síntese em março de 2015.

O presidente da comissão, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), explicou em debate sobre o acordo, nesta terça-feira (21), que a intenção não é alterar o acordo, uma vez que esse papel cabe ao Executivo, em entendimento com os demais países signatários.

– Nossa obrigação é chamar as pessoas envolvidas para dar opinião. Mas quem toma a frente é o Ministério da Educação e o Ministério de Relações Exteriores. Estamos mostrando as dificuldades e se, for possível, vamos contribuir.

Também a vice-presidente da CE, senadora Ana Amélia (PP-RS), ressaltou que o papel da comissão é mediar a discussão, e não promover mudanças na ortografia.

– Não vamos mexer uma vírgula no conteúdo do acordo. Não podemos. Estamos aqui fazendo uma articulação política para um entendimento que diz respeito aos interesses da defesa nacional, pois a língua faz parte desse conceito de nação.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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