Senadores lamentam a morte do ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio

Da Redação | 09/07/2014, 18h30

O Senado aprovou voto de pesar pela morte, na terça-feira (8), do ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, 83. Ele foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980. Em 1986 fez parte, pelo PT, da Assembleia Geral Constituinte e em 1990 concorreu ao governo de São Paulo, mas foi derrotado. Deixou o PT e em 2010 foi candidato à presidência da República pelo PSOL, tendo ficado em quarto lugar, com mais de 800 mil votos.

O político paulista teve seu mandato de deputado cassado pelo regime militar em 1964. Então deputado federal pelo PDC de São Paulo, foi um dos 100 primeiros a perder o mandato após o golpe.

O senador Jorge Viana (PT-AC) lamentou a morte do ex-deputado, que também foi filiado ao PT. Segundo o senador, Plínio de Arruda Sampaio “sempre foi uma referência de integridade, de um cidadão pleno”.

– O Plínio nunca abriu mão de lutar por um país melhor, por justiça social. Fez isso durante a vida inteira, e neste momento a gente se soma à solidariedade à família dele, aos amigos e lamenta, porque o Brasil perdeu um grande brasileiro, um exemplo de militante – declarou.

A candidatura de Plínio à presidência em 2010 foi lembrada pelo senador Alvaro Dias (PSBD-PR), que elogiou “a capacidade de síntese do ex-deputado”.

– Um homem muito honesto, que defendeu as suas ideias até as últimas conseqüências. Para nós, especialmente, deixou como legado uma participação brilhante no debate da campanha presidencial. Ele, com muita inspiração, conteúdo, inteligência e capacidade de exposição de suas ideias, deu um brilho especial à mesa de debates durante aquela campanha eleitoral – avaliou.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) relembrou hoje, em sessão do Plenário, todo o aprendizado obtido durante a convivência com Plínio de Arruda Sampaio.

– Eu aprendi muito com ele, por exemplo, sobre reforma agrária, sobre economia rural, sobre a situação do campesinato em toda a América Latina. Mas posso dizer que o que eu mais aprendi com ele foi o caráter, o caráter de um homem que tinha compromisso, tinha coerência e tinha militância firme. Estava no sangue dele – declarou.

Com informações da Agência Câmara

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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