Graça Foster rebate acusação de que refinaria foi construída com 'conta de padeiro'

Da Redação | 11/06/2014, 18h15

A presidente da Petrobras, Graça Foster, rebateu a afirmação do ex-diretor da companhia Paulo Roberto Costa, que disse em entrevista que os custos da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, foram estimados com "conta de padeiro".

- Não concordo definitivamente. Isso é uma coisa medonha, me nego a repetir essas palavras. Nós não aceitamos que tenhamos feito conta de qualquer maneira. Podemos ter errado. E estamos trabalhando duro para ajustar tudo isso - afirmou em depoimento à CPI Mista que investiga irregularidades nos negócios da estatal.

Segundo a executiva,  as obras de Abreu e Lima já consumiram US$ 15 bilhões, e o valor total deve chegar a US$ 18,5 bilhões. Até agora, 87% do complexo já foi finalizado e deve entrar em operação em novembro deste ano.

- Estamos trabalhamos muito forte para concluir em US$ 18,5 bilhões, mantendo os contratos e segurando os custos - disse.

Graça Foster lembrou também que os valoreS incluem outros custos como a construção de 25 quilômetros de rodovia, obras no entorno da planta e de adequação do Porto de Suape. Apesar disso, Pernambuco continua sendo o local mais apropriado para uma nova refinaria:

- Não há duvida de que Pernambuco é o lugar mais adequado para concluir o empreendimento. Quiséramos nós ter essa refinaria pronta hoje produzindo 160 mil barris de diesel, que é quase o que importamos hoje - destacou.

A presidente ressaltou que o projeto inicial, anunciado por US$ 2,5 bilhões, não foi o executado.

- Por dois bilhões e meio [de dólares], em lugar nenhum do mundo seria construída uma refinaria deste porte. Na verdade, isso nunca saiu da prancheta - completou.

Indagada sobre a operação policial Lava Jato, que resultou na prisão de 13 pessoas, inclusive de Paulo Roberto Costa, ela se emocionou:

- É assunto que estarrece todos nós.

O depoimento da presidente já dura quase quatro horas. Graça Foster foi interrompida várias vezes por parlamentares da oposição que querem ter a palavra e agilizar os trabalhos. Agora há pouco, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) autorizou um intervalo.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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