Senadores manifestam solidariedade a terceirizados da área de comunicação

Da Redação | 15/05/2014, 16h30

Diversos senadores manifestaram nesta quinta-feira (15) solidariedade aos funcionários terceirizados da TV Senado e da Rádio Senado que se encontram ameaçados de não ter renovados seus contratos de trabalho. O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) defendeu a permanência dos funcionários e disse que o representante do PSDB na Comissão Diretora do Senado, o senador Flexa Ribeiro (PA), que exerce o cargo de primeiro-secretário, defende a mesma posição junto ao presidente da Casa, Renan Calheiros.

O primeiro-vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), disse que a Casa não abrirá mão de reduzir seus custos, mas vai dar um tratamento diferenciado à área de comunicação, “que é a alma do Senado”.

— Sem a transparência que a TV Senado, a Rádio Senado e o próprio jornal nos garantem, não vamos a lugar nenhum — afirmou.

Jorge Viana afirmou que a proposta de redução do valor do contrato dos terceirizados em geral é de 13,6%, “e isso é inteiramente possível em um contrato de 15 anos”.

— Não se está pensando em fazer outra coisa, a não ser reduzir. Nós garantimos investimentos na TV, para que a gente saia da área analógica para a era digital; na reestruturação dos espaços, para que todos que trabalham nessa área possam ter um local de trabalho adequado, o que não têm. Eu visitei todas as instalações da TV outro dia. E é insalubre trabalhar ali. E olha que já houve uma expansão nesse período — afirmou.

Jorge Viana também considerou viável a ocorrência de ajuste nos contratos de terceirização.

— Claro que num contrato terceirizado de 336 pessoas pode ser que também deva haver um ajuste ou outro. Isso é bem possível, até porque há um número de pessoas que não estavam num lugar nem em outro lugar. Mas acredito que no final podemos ter como resultado o fortalecimento dessa área no Senado Federal – afirmou.

O senador Paulo Paim (PT-RS), que estava na presidência dos trabalhos, disse que o Senado não pretende demitir, mas fazer uma revisão no contrato dos terceirizados, que poderá chegar a até 15%, “não necessariamente sobre os funcionários”. Ele contou que essa decisão foi tomada em reunião da Comissão Diretora nesta quinta, da qual participou.

- O que vão buscar é diminuir a gordura que poderia ter o contrato para diminuir os gastos, não significa que tenha que demitir os funcionários. Vamos fazer de tudo para que não haja demissão. Se tiver que demitir, que demitam, se existe, algum funcionário que não está trabalhando, para garantir o lugar daqueles que efetivamente estão trabalhando. São profissionais do mais alto gabarito e capacidade - afirmou.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) também defendeu a permanência dos terceirizados do setor de comunicação, como forma de garantir “a manutenção da qualidade do serviço”.

- Não adianta a gente querer modernizar [a comunicação] com câmara digital de última geração, se não tiver alguém para operar essa câmara — afirmou.

O senador Anibal Diniz (PT-AC) defendeu “uma saída sensata que evite, o tanto quanto possível, a demissão de pessoas”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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