Seminário discute o futuro da comunicação pública

Da Redação | 12/05/2014, 21h10

A Secretaria de Comunicação Social do Senado (Secom) discutiu nesta segunda-feira (12) o futuro da comunicação pública e novas tecnologias. Foi a primeira reunião do pensar.com, série de encontros dos profissionais da Casa nas áreas de jornalismo, marketing, publicidade e relações públicas. Segundo o diretor da Secom, Davi Emerich, o objetivo é buscar ideias e consensos para a revisão do Plano Estratégico da Comunicação.

André Barbosa Filho, assessor da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), defendeu o fortalecimento e a ampliação dos canais públicos de televisão, como a TV Senado, TV Câmara, TV Justiça e TV Brasil, com investimentos na multiprogramação e interatividade. Para André Barbosa, “a TV aberta não morreu”, apesar, disse, das tentativas por parte de empresas de diminuir a força da comunicação gratuita, que seria substituída por um modelo de conteúdo pago. Barbosa citou os Estados Unidos, onde o público jovem está assistindo mais à TV aberta, em detrimento da TV a cabo.

Posição diferente foi a de Rodrigo Assad, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e empresário. Segundo afirmou, “o futuro está na web TV”, televisão acessada pela internet. Ele avalia que a TV não é mais televisão somente, "mas um mundo social" que pode ser acessado a qualquer hora inclusive pelo celular.

O professor Murilo Ramos, da Universidade de Brasília (UnB), ressaltou a crise de paradigmas da comunicação provocada pela internet. O desafio, disse, é como tratar a comunicação pública nesse novo ambiente de convergência que coloca em xeque o atual modelo de negócio.

Na opinião de Jorge Duarte, coordenador de Comunicação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a comunicação pública deve se preocupar em informar as pessoas sobre aquilo que elas precisam.

- É a comunicação de interesse público, que ajuda no exercício da cidadania, ao apoiar o cidadão na sua relação com o Estado - afirmou.

Os participantes do encontro também ouviram o jornalista Antônio Vital, que relatou a experiência de integração dos veículos de comunicação da Câmara dos Deputados. Murilo Laureano Pinto falou da experiência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com redes sociais, mesmo tema abordado por Tarso de Oliveira Rocha, coordenador de Comunicação Institucional do Conselho Nacional de Justiça.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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