Representantes do Passe Livre reivindicam direito ao anonimato nas manifestações
Da Redação | 01/04/2014, 11h35
Representantes do Movimento Passe Livre defenderam o direito ao anonimato para os participantes de manifestações populares e se mostraram contrários a qualquer tentativa de proibição ao uso de máscaras e balaclavas em protestos de rua.
Em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) para tratar da violência contra profissionais de imprensa, nesta terça (1º), eles afirmaram que o anonimato garante a livre manifestação de pensamento e o exercício da democracia.
- Tem sido articulado um ataque ao direito do anonimato que limita a capacidade de expressão. O uso de máscara e balaclava não pode ser criminalizado. Isso seria autoritarismo e não avanço democrático - afirmou Paulo Henrique da Silva Santarém.
O representante do Passe Livre não poupou críticas à Polícia Militar, responsável, segundo ele, por dar início à violência nas manifestações e disse que o movimento não se posiciona a favor nem contra os black blocs.
Ele explicou que a tática de atuação dos black blocs brasileiros é usada também em outros países e há consenso entre eles de que qualquer ataque ou violência contra pessoas deve ser evitada, o que não os impede de investir contra patrimônios público ou privado.
Tal concepção, na opinião da senadora Ana Rita (PT-ES) é equivocada.
- Não podemos permitir comportamentos agressivos. Quebrar patrimônio privado ou publico é ação violenta sim. Trata-se de um princípio questionável - afirmou, antes de deixar claro ser contra a criminalização dos movimentos sociais.
A audiência pública da CDH, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), foi encerrada agora há pouco.
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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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