Collor critica burocracia e cobra investimentos em infraestrutura

Da Redação e Da Rádio Senado | 31/03/2014, 18h10

Ao comentar os resultados do 1º Fórum Nacional de Infraestrutura, o senador Fernando Collor (PTB-AL) reconheceu que é muito complexo o processo da busca por soluções para os problemas crônicos que o país enfrenta. Ele criticou a burocracia e destacou que o chamado custo Brasil apenas reflete as deficiências do país.

De acordo com o senador a demanda por serviços vem aumentando. Assim, rodovias, portos, mobilidade urbana, saneamento básico e matriz energética são setores que precisam de investimentos urgentes.

— Sem transporte, a economia não anda. Sem energia e combustível, ela se apaga e para. Da mesma forma que sem telecomunicações, ela se cala. E sem saneamento, ela adoece — alertou o parlamentar.

Para Fernando Collor, é possível perceber que o Brasil avança, a despeito de todas as dificuldades mas, ressalta, “a organização político-administrativa, aliada ao seu infinito arcabouço legal, prejudica qualquer tentativa de uma boa gestão”.

— O Brasil carece, acima de tudo, “de bom senso, razoabilidade e realismo em praticamente todas as áreas da administração pública, a começar pelos setores de licenciamento, fiscalização e controle, que não raro têm trazido enormes prejuízos ao País com a sistemática paralisação quando não o impedimento de obras importantes para a infraestrutura — afirmou o senador.

Fórum Nacional

O 1º Forum Nacional de Infraestrutura foi realizado nos dias 27 e 28, pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), da qual Collor é presidente. Durante os dois dias de debates, senadores e 38 debatedores, representantes do setor produtivo, do meio acadêmico e do poder público promoveram, além do debate na abertura, sete mesas redondas com os temas: transporte de passageiros e de cargas, energia elétrica, combustíveis, telecomunicações, mineração, saneamento, abastecimento de água e irrigação.

— O objetivo do fórum foi o de apresentar soluções objetivas, exeqüíveis e condizentes com a atual situação socieconômica brasileira, de modo a suprir os déficits de nossa infraestrutura —  declarou Collor.

Os resultados dos debates serão condensados em um único documento, para serem apresentados como relatório final do fórum. Segundo Collor, foram encaminhadas 101 propostas que têm a meta de ajudar na superação dos gargalos da infraestrutura do país. A comissão vai debater as sugestões e poderá transformá-las em projetos de lei.

De acordo com Collor, a comissão vai continuar organizando ciclo de debates, pois “debater e buscar soluções têm sido a tônica da comissão e do Senado Federal”. Ele disse que os próximos debates vão tratar de assuntos transversais da infraestrutura, como a gestão pública, o excesso de licenciamentos e a burocracia. O senador prometeu que as audiências continuarão abertas à participação popular, por meio dos canais de comunicação do Senado.

Collor lembrou que a comissão já havia feito, no biênio 2009-2010, a agenda de debates “Desafios estratégicos setoriais”, quando em 21 audiências públicas foram ouvidos mais de 200 palestrantes. Já em 2013, a comissão organizou o ciclo de debates “Investimento e Gestão, desatando o nó logístico do país”, em que foram realizadas 31 audiências, com 86 debatedores.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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