Senadores destacam compromisso de Sérgio Guerra com o diálogo e a conciliação

Da Redação | 06/03/2014, 16h50

Suspensa em razão da morte do deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE), a sessão do Senado desta quinta-feira (6) foi marcada por homenagens ao político. Durante os 40 minutos anteriores à suspensão, senadores falaram sobre a trajetória política e sobre a disposição para o diálogo que Guerra sempre demonstrou.

– Ele viveu para a arte da política, um conciliador emérito – afirmou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), após destacar o compromisso do deputado com o país.

Guerra, que lutava contra um câncer de pulmão, morreu na manhã desta quinta-feira (6), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Um dos fundadores do PSDB, o deputado também foi presidente nacional do partido e atualmente presidia o Instituto Teotônio Vilela. Durante sua vida política, o tucano destacou-se, ainda, na luta pela redemocratização.

A principal característica lembrada pelo senador Gim (PTB-DF) foi a palavra de Guerra, sua disposição para cumprir os acordos. Assim como Paulo Paim (PT-RS), Gim também destacou as firmes convicções do político de Pernambuco.

- Ele defendia as posições acordadas com todos. E esse é um perfil que é muito bom no mundo da política. Ele realmente era um político com 'P' maiúsculo - afirmou.

Para Valdir Raupp (PMDB-RO), embora tenha morrido prematuramente, Sérgio Guerra deixou um “longo rol de serviços prestados ao país”. Raupp enumerou, entre as qualidades de Sérgio Guerra, sua dedicação ao interesse público e à defesa da transparência. Raupp também destacou sua abertura ao diálogo e capacidade de articulação.

– Sempre se revelou um ser humano de espírito ativo, mas conciliador. A política brasileira perde um grande lutador, um homem que defendeu o melhor para Pernambuco e para o Brasil, sempre em prol de projetos que visassem a melhorar a vida do povo do nosso país – afirmou.

Jorge Viana (PT-AC) e Ana Amélia (PP-RS) também lembraram a convivência com Guerra. Viana relatou tê-lo encontrado no hospital, esperançoso de vencer sua luta contra a doença. Já Ana Amélia (PP-RS) recordou as oportunidades em que o entrevistou, quando trabalhava como jornalista, e constatou sua visão clara da política, da história e da cultura do país.

– Eu queria lembrar que hoje há uma unanimidade, não porque ele morreu, mas porque há um reconhecimento do papel que Sérgio Guerra desempenhou na política brasileira – declarou a senadora.

Eduardo Suplicy (PT-SP), por sua vez, lembrou da relação "construtiva e respeitosa” construída nos anos em que conviveu com Guerra no Senado. Assim como vários de seus colegas, o senador exaltou o espírito harmonizador do deputado pernambucano.

Já Paulo Paim classificou o deputado como um dos maiores líderes da história do PSDB. O senador disse ter muito respeito por Sérgio Guerra, "um homem público capaz de cumprir acordos" e lamentou a perda para o país.

- Sérgio Guerra se foi, mas seus ideais, seus pensamentos, com certeza, ficam para a reflexão de todos nós - disse Paim.

Em nota, os senadores Ruben Figueiró (PSDB-MS) e Ataídes Oliveira (PROS - TO) também lamentaram a morte do líder tucano. Figueiró salientou que sua morte será sentida não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil. Já Ataídes disse que o deputado ainda tinha muito a fazer pela política nacional.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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