Henrique Alves nega existência de 'pauta-bomba' no Congresso
Da Redação | 03/02/2014, 18h50
Ao discursar na abertura dos trabalhos legislativos deste ano, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, interrompeu a leitura da mensagem oficial para criticar o noticiário que dá como certa a adoção de uma pauta-bomba por parte do Legislativo em 2014. Segundo ele, que chegou a pedir licença para o improviso, trata-se de um equívoco, e o Parlamento não vai se deixar levar pelo clima eleitoral.
– Tenho visto nos últimos dias de forma indevida e insistente uma cobrança injusta a essa Casa, como se ela estivesse se preparando para pautas-bomba aqui e acolá. Como parlamentar há 42 anos, conhecendo a história e a tradição desse Parlamento, não posso aceitar calado. Nunca foi a história desta Casa. Pelo contrário, no passado mais antigo ou mais recente, as bombas se armavam lá fora e aqui eram desarmadas – afirmou, referindo-se a projetos que pressionam o Executivo por aumentarem os gastos públicos.
Henrique Alves acrescentou que os parlamentares querem mostrar maturidade e responsabilidade e jamais armariam pautas-bomba para qualquer matéria.
– Esse verbo armar está equivocado e é injusto com este Parlamento. Esta Casa não vai se guiar pelo clima eleitoral nas suas decisões – disse.
Manifestações
O deputado afirmou que as manifestações de rua não constrangem os parlamentares e, na verdade, servem de motivação para que eles continuem buscando soluções para os problemas do país.
– Temos que responder [as demandas] com rapidez, mas com responsabilidade para se evitar soluções imediatista e demagógicas. Tal tarefa cabe ao Poder Legislativo, na qualidade de representante da sociedade – discursou.
Henrique Alves aproveitou para fazer um balanço dos trabalhos da Câmara em 2013 e citou propostas aprovadas, como a Emenda Constitucional 72, que ampliou os direitos dos empregados domésticos, e a lei que destinou os recursos dos royalties do petróleo para a saúde e a educação (Lei 12.858/2013).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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