Combate à seca exige ação do governo com a sociedade, diz ministro da Integração

Ana Beatriz Santos (Rádio Senado) | 10/12/2013, 15h50

O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, explicou aos senadores da Comissão Externa para Acompanhar os Programas de Transposição e Revitalização do Rio São Francisco as ações adotadas para minimizar os efeitos da seca prolongada no semiárido brasileiro. Ele participou de audiência em que fez um  balanço sobre as obras do governo na Bacia Hidrográfica do São Francisco.

Francisco Teixeira observou que certas regiões do semiárido estão há dois anos sem chuva. Para minimizar os efeitos da seca prolongada, disse ele, o Ministério da Integração trabalha em parceira com a Agência Nacional de Águas para monitorar os municípios em que o abastecimento  pode entrar em colapso.

Para o ministro, a oferta de água no semiárido necessita de todas as ações possíveis, como a construção de barragens, cisternas e revitalização, assim como a construção de poços para complementar as obras da transposição. Ele acrescentou que "aprender a conviver com a seca é um trabalho que exige ação conjunta do governo com a sociedade".

- Então a questão da convivência com o semiárido é complexa e temos que resolver tendo parceria do estado, da União, dos municípios e da sociedade civil organizada - disse ele.

Para o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), a vinda do ministro ao Senado trouxe informações que devem orientar a atuação do colegiado em 2014.

- Ele trouxe  temas sobre os quais a comissão vai se debruçar, que são os meios alternativos de longo prazo de convivência com a seca - disse Vital.

Segundo Francisco Teixeira, o governo federal já injetou R$ 30 bilhões em obras permanentes para minimizar os efeitos da seca. Além das obras da transposição, o governo também investe em programas emergenciais em parceira com estados e municípios da região nordeste e Minas Gerais.

O programa de revitalização do Rio São Francisco é coordenado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional.

A expectativa do governo é entregar os primeiros cem quilômetros de canais com água em setembro de 2014. O prazo de execução é de vinte anos e envolve cinco linhas de ações: gestão, monitoramento, agenda socioambiental, proteção e usos sustentável de recursos naturais, qualidade de saneamento ambiental e economias sustentáveis.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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