Campanha incentiva filiação partidária de mulheres

Da Redação | 11/09/2013, 19h20

“Mulher, tome partido. Filie-se!”. Este é o lema da campanha, lançada na tarde desta quarta-feira (11) pela Coordenadoria de Direitos da Mulher e pelas Procuradorias da Mulher da Câmara e do Senado. O objetivo é aumentar em 20% o número de mulheres filiadas aos partidos políticos e em 30% a representação feminina na Câmara e no Senado a partir das eleições do ano que vem.

A campanha conta com o apoio da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU-Mulheres) e da Secretaria de Políticas da Mulher da Presidência da República.

A primeira fase da campanha terá inserções publicitárias em rádio e televisão de abrangência nacional. Encerrado o prazo de filiação, em 5 de outubro, a campanha continuará por meio de ações direcionadas a dirigentes partidários, além de um trabalho sistemático nos estados e municípios de conscientização feminina para a maior participação na política.

- Essa segunda etapa será até 2015, quando faremos um trabalho intensificado junto às assembleias e câmaras municipais do país. Queremos criar condições para que essas mulheres sintam a força e a necessidade de permanecerem atuando nos espaços de poder – afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), procuradora da Mulher do Senado.

De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 97 milhões de mulheres (51,5% da população). No entanto, nas eleições de 2010, apenas 45 foram eleitas deputadas federais, ocupando menos de 9% das cadeiras da Câmara. No Senado, são 8 senadoras, para 81 vagas.

Pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão, em abril deste ano, revelou que oito em cada dez brasileiros consideram que deveria ser obrigatória a participação paritária de mulheres e homens nas casas legislativas municipais, estaduais e federais. A meta, no entanto, mantido o ritmo atual de aumento da participação feminina na política, só será alcançada em 150 anos, conforme estimativa do demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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