Agripino se diz envergonhado com decisão da Câmara de não cassar Donadon
Da Redação | 29/08/2013, 17h25
O senador José Agripino (DEM-RN) declarou em Plenário, nesta quinta-feira (29), ter sentido vergonha, como congressista, da decisão que a Câmara dos Deputados tomou na noite de quarta-feira (28) de não cassar o mandato do deputado federal Natan Donadon (ex-PMDB-RO).
Donadon cumpre pena de 13 anos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela prática dos crimes de peculato e formação de quadrilha.
Ao lamentar a decisão dos deputados de manter o mandato de Donadon, Agripino disse que um parlamentar tem que ter compromisso com a sociedade e com a decência, acrescentando que a Câmara deveria ter prezado o espírito público.
Agripino informou que na manhã desta quinta-feira seu partido decidiu, após reunião com líderes da sigla na Câmara dos Deputados, adotar posição firme com relação ao episódio, defendendo abertamente a cassação do deputado Donadon, de modo semelhante ao ocorrido no caso do ex-senador Demóstenes Torres e do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, expulsos do partido por envolvimento em corrupção.
Ao final de seu pronunciamento, Agripino fez um apelo à Câmara dos Deputados visando a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 196/12) de autoria do senador Alvaro Dias que estabelece voto aberto para a apreciação de perda de mandato de parlamentar. Ele considerou também fundamental a votação da PEC 18/2013, do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que determina a perda imediata de mandato de parlamentar condenado, em sentença definitiva, por improbidade administrativa.
Agripino acrescentou que seu partido não deverá votar nenhuma matéria na Câmara antes que a PEC do voto aberto seja apreciada.
Em apartes, os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR) e Valdir Raupp (PMDB-RO) manifestaram apoio ao discurso de Agripino.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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