Presidente de representação brasileira se diz 'otimista' sobre Parlasul após posse de novo presidente paraguaio

Marcos Magalhães | 15/08/2013, 18h55

Presente à cerimônia de posse do novo presidente do Paraguai, Horacio Cartes, realizada nesta quinta-feira (15), o presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), deputado Newton Lima (PT-SP), disse estar “bastante otimista” em relação à reintegração do Paraguai ao bloco e à reinstalação do órgão legislativo regional, cuja última sessão ocorreu em dezembro de 2011.

O deputado elogiou a disposição da presidente brasileira Dilma Rousseff de criar “pontes de aproximação” com o Paraguai, que foi suspenso do Mercosul e da União dos Países Sul-Americanos (Unasul) depois da decisão do parlamento paraguaio de retirar do poder o então presidente Fernando Lugo.

Enquanto o Paraguai estava suspenso, os demais países do bloco aceitaram a integração da Venezuela, cujo ingresso no Mercosul ainda dependia – até então – da aprovação de seu pedido de participação no bloco pelo parlamento paraguaio. Neste momento a Venezuela exerce a presidência pro tempore do Mercosul.

- Dilma pediu ao novo presidente do Paraguai para que o país volte ao Mercosul, mas ele ainda não disse quando isso acontecerá, até porque o Paraguai tem problemas com a presidência da Venezuela. O impasse ainda não foi resolvido – relatou Lima.

Apesar desse impasse no que diz respeito aos governos, o presidente da representação brasileira disse estar confiante na retomada, em breve, dos trabalhos do Parlasul. Ele recordou que o Paraguai acaba de eleger seus novos
representantes – trata-se do único país do bloco que já escolhe diretamente seus participantes no órgão legislativo regional – e que Brasil, Uruguai e Venezuela já estão “prontos para entrar em campo”.

O maior problema, como observou o deputado, é a falta de uma delegação da Argentina, que ainda não indicou seus representantes ao Parlasul e que terá novas eleições parlamentares em outubro. Por isso, uma delegação composta pelos presidentes das representações de Brasil, Uruguai e Paraguai estará em Buenos Aires na primeira semana de setembro. Eles conversarão com os colegas argentinos sobre a indicação de seus representantes, pois somente quando todos os países estiverem oficialmente representados o Parlasul poderá retomar as suas atividades, em Montevidéu.

- Vamos tentar convencer os argentinos da necessidade de indicar seus representantes. A despeito do impasse no Mercosul, os Poderes são independentes – afirmou.

Senadores

A senadora Ana Amélia (PP-RS) e os senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Luis Henrique (PMDB-SC) também acompanharam a posse de Cartes, que declarou "guerra à pobreza" no Paraguai e anunciou a criação de um "ambiente de previsibilidade econômica e segurança jurídica" para os empreendedores.

Para Ana Amélia, segundo informações de seu gabinete, o discurso do novo presidente foi feito em "uma linguagem clara de um bem sucedido empresário". Na opinião da senadora, se Cartes colocar em prática tudo o que disse no seu discurso de posse, mudará o perfil político e econômico do Paraguai.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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