Manifestantes se encontram com senadores

jose-paulo-tupynamba e Tércio Ribas Torres | 26/06/2013, 20h55

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu no fim da tarde desta quarta-feira (26) a visita de representantes dos movimentos Acorda Brasília, Ocupa Brasília, Marcha do Vinagre e Sou Ativista, que têm participado das manifestações em frente à Esplanada nas últimas semanas. Um grupo de senadores também participou do encontro.

Na saída, os manifestantes não quiseram se pronunciar. No entanto, de acordo com Rayssa Labanca, uma das que participaram do encontro, eles apresentaram aos senadores uma pré-pauta de reivindicações. Ela disse que os movimentos vão chegar a um consenso e retornam para uma nova reunião, nesta quinta-feira, às 18h. Mais cedo, os representantes dos movimentos estiveram na Câmara, com o presidente Henrique Eduardo Alves, apresentando pedidos como mais investimentos em saúde, educação e segurança pública, fim do voto secreto no Congresso e melhorias imediatas no transporte público.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos senadores presentes no encontro, afirmou que a conversa com os manifestantes é importante, uma vez que “a democracia é o exercício permanente do diálogo”. Para o parlamentar, as ideias das ruas são importantes para o aprimoramento das instituições.

– É preciso avançar e capitalizar positivamente a energia das ruas – afirmou.

Já o senador José Pimentel (PT-CE) destacou, entre os assuntos conversados com os manifestantes, o Plano Nacional de Educação (PNE), do qual foi relator no Senado. Afirmou que o PNE, que trará as metas para a educação brasileira nos próximos 10 anos, deverá ser votado pelo Senado até o fim de agosto e, com as modificações implementadas pelos senadores, deve voltar ao exame dos deputados federais.

Royalties

Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) também se reuniram com os senadores. Eles pediram que o Senado aprove a destinação dos royalties do petróleo para educação e saúde. Conforme o texto aprovado pela Câmara, na terça-feira (25), 75% dos recursos serão destinados para a educação e 25% irão para a saúde.

Segundo a senadora Ana Amélia (PP-RS), essa proposta atende às mobilizações populares e aos anseios das entidades estudantis. Ana Amélia disse que esse entendimento facilita o trabalho dos senadores, que devem apreciar o projeto na semana que vem. A senadora reconheceu que a situação atual da educação brasileira é “muito ruim” e disse que o Congresso está ouvindo as demandas das manifestações. Ana Amélia acrescentou que tem sido cobrada pelas redes sociais sobre o fim do voto obrigatório.

– O voto facultativo é uma demanda importante da população – disse a senadora, que também defendeu a ficha limpa para todos os servidores públicos e o voto aberto no Parlamento.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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