Para Jorge Viana, manifestações revelam novo Brasil e exigem nova agenda

Da Redação | 21/06/2013, 12h50

As manifestações que tomaram conta de diversas cidades brasileiras nos últimos dias são fruto de um “Brasil novo”, que exige uma nova agenda de prioridades, na avaliação do senador Jorge Viana (PT-AC).

– Temos um PIB cinco vezes maior do que tínhamos há dez anos, um salário mínimo quatro vezes maior, temos quarenta milhões de pessoas que acessaram a classe C. São conquistas invejáveis, temos o pleno emprego, fruto do trabalho do presidente Lula e da presidenta Dilma, mas que novas revindicações vieram junto com essas conquistas sociais? – indagou.

Na avaliação do parlamentar, a inclusão social resultou na elevação da exigência dos brasileiros, hoje inseridos na revolução tecnológica que possibilitou a comunicação em tempo real. Os brasileiros, observou, vivem em um “mundo novo, com problemas velhos”.

Jorge Viana atribui parte dos problemas ao envelhecimento das instituições, em especial os partidos políticos. Conforme observou, o sistema eleitoral brasileiro já deveria ter se apropriado da comunicação via internet em práticas como o financiamento de campanhas e o controle de gastos nas eleições.

– Por que não criar mecanismos modernos, que incorporem as redes sociais para financiamento de campanha? Doação em tempo real: doou agora, caiu o dinheiro, está na rede. Todo mundo acompanha, em tempo real, quem está ganhando, de onde está ganhando para bancar seus custos de campanha. Tem muito a ser feito para recuperar o respeito do cidadão ao seu voto – disse.

Na opinião de Jorge Viana, os partidos e os governos deveriam abrir novos de canais de comunicação com a população.

– As pessoas se comunicam com tudo e com todos em tempo real, menos com seus representantes – lamentou.

Já sobre a violência praticada por parte das pessoas que participaram das manifestações, o senador disse ser algo inaceitável.

– Quem põe em risco vidas humanas, põe em risco patrimônio público, deve ser identificado. Os vândalos precisam ser identificados e pagar por isso. Senão, colocamos em risco esse legítimo movimento – opinou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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