Rollemberg pede que não haja antecipação da campanha eleitoral

Da Redação | 23/04/2013, 17h15

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) se mostrou contrário à antecipação do processo eleitoral que, segundo ele, só deveria ter início em 2014. Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (23), ele afirmou que os partidos precisam estar unidos para ajudar a presidente Dilma a superar os obstáculos e as dificuldades, para que o país volte a crescer.

O senador informou que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) tem uma agenda política e econômica complexa e que é muito cedo para se deliberar sobre uma possível candidatura à presidência da República. Ele chegou a propor que o PSB só tome a decisão política quando o prazo de filiações partidárias for encerrado, sendo contrário à ideia de se convocar a executiva do partido para decidir sobre um possível nome para 2014.

– O governador Eduardo Campos, com a responsabilidade que lhe é peculiar, tem dito que precisamos vencer 2013 e nos concentrar em 2013. Não podemos montar palanques eleitorais em 2013 – afirmou o senador.

Como líder do partido ele registrou que o PSB não tem por que e não irá se definir em relação à candidatura presidencial neste momento, "até porque seria ilegal".

Em aparte, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) considerou a antecipação política indevida por acreditar que o governo precisa se concentrar nas políticas econômicas sobre a inflação e as taxas de juros. Também o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) concordou que houve uma antecipação política indevida, antecipada pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

– Impor candidaturas a partir da cúpula e iniciar o processo eleitoral realmente não contribui para a governabilidade do país, não contribui com um processo eleitoral com a limpidez que se exige e não contribui também para o aprimoramento da democracia – afirmou Alvaro Dias.

Tempo de TV

No mesmo pronunciamento, Rollemberg se declarou contrário ao Projeto de Lei 4470/2012, do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), que impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e dos recursos do Fundo Partidário relativos aos parlamentares que mudam de partido durante a legislatura. O projeto  foi aprovado na Câmara, mas aguarda votação dos destaques.

Rollemberg afirmou que impetrará mandado de segurança preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a votação no Senado. Isso porque, na opinião do parlamentar, a decisão do STF no julgamento sobre a  criação do PSD – no qual foram definidos critérios da livre organização partidária, direito de antena e direito de ter os recursos do fundo partidário – já vale para todos os outros partidos.

– E nós não podemos ter partidos de primeira categoria e partidos de segunda categoria, parlamentares de primeira categoria e parlamentares de segunda categoria. No caso da ex-Senadora Marina Silva, nós estamos assistindo a um vergonhoso espetáculo protagonizado pela Câmara, pelos grandes partidos da Câmara, a um casuísmo eleitoral enorme, no sentido de dificultar a sua presença, a sua participação no processo eleitoral – lamentou Rollemberg.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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