Requião defende blog que estaria ameaçado por ações judiciais

Da Redação | 03/04/2013, 17h20

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) fez um apelo, no Plenário, pela manutenção do blog do jornalista Luiz Carlos Azenha. Ele havia anunciado o fim de "Vi o Mundo" depois de condenado em primeira instância a pagar R$ 30 mil numa ação movida pelo diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, por suposta “campanha difamatória”.

Requião contou que a briga de Azenha com Kamel teria ocorrido na cobertura das eleições presidenciais de 2006, época em que estaria sendo cogitada a compra, pelo PT, de um dossiê contra o candidato do PSDB, José Serra. Azenha teria pedido demissão e depois denunciado um complô entre jornalistas e Polícia Federal para vazar fotos do dinheiro apreendido com o objetivo de prejudicar o PT.

De acordo com Requião, o jornalista "tem um grave, e pelo jeito insuperável defeito: não é petista, não é tucano, não é peemedebista, não é governista".

– Azenha é um repórter visceralmente obcecado, um repórter fiel ao mandamento máximo dos repórteres, que é buscar a verdade dos fatos, antes de tudo, acima de tudo, a verdade factual. Inflexível em relação a esse princípio, Azenha é frequentemente vergastado, tanto pela direita, grande mídia e serviçais, como por ministros, assessores e burocratas do governo federal - afirmou.

No Plenário, Requião leu parte do texto em que Azenha diz ser um arrimo de família no extremo do limite financeiro, e prejudicado pelas organizações que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil. Em um editorial do dia 1º de abril, no entanto, Azenha anunciou que as manifestações dos  leitores o levaram a mudar de ideia e o site passará apenas por uma reformulação.

No mesmo pronunciamento, Requião prestou solidariedade também aos jornalistas Tarso Cabral Violin, Rodrigo Viana, Paulo Henrique Amorim, Mino Carta e à revista Caros Amigos.

- Enfim, a todos os que fazem um jornalismo independente, em defesa dos interesses públicos, dos trabalhadores e da nação – afirmou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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