Sérgio Souza anuncia realização da 5ª cúpula dos Brics na próxima semana

Da Redação | 20/03/2013, 20h55

A realização da 5ª cúpula dos Brics – bloco de países em desenvolvimento formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – na próxima semana foi anunciada em Plenário nesta quarta-feira (20) pelo senador Sérgio Souza (PMDB-PR). A reunião ocorrerá nos dias 26 e 27 de março, em Durban, na África do Sul, e, segundo o senador, terá como principais pontos da agenda: a criação de um banco de desenvolvimento do bloco e de um fundo de reservas internacionais.

Sérgio Souza lembrou que a expressão Bric foi criada 2001 pelo economista inglês Jim O'Neill, reunindo países emergentes, com economias em desenvolvimento e que despertavam interesse de investidores internacionais. Em 2006, a expressão foi incorporada à política externa desses países, ao decidirem se unir em um bloco para atuar internacionalmente em defesa de seus interesses econômicos. Em 2010, acrescentou o senador, a expressão ganhou mais uma letra, tornando-se Brics, com a incorporação da África do Sul ao bloco.

A atuação dos Brics tem ganhado destaque ao longo dos anos, afirmou o senador, ressaltando, por exemplo, que o fortalecimento do bloco acabou por permitir a substituição do G-8 (grupo internacional formado pelos países mais industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo) pelo G20 (grupo mais amplo, com participação dos 19 países mais ricos e o Reino Unido).

- O peso econômico dos Brics é inegável. De 2003 a 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial – enfatizou.

Em 2003, relatou ele, o grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China representava 9 % do PIB mundial, passando para 14% em 2009. Com chegada da África do Sul, esse percentual subiu para 18% em 2010. Além disso, juntos, os cinco países têm 2,9 bilhões de habitantes, representando 42% da população mundial.

Para a cúpula deste mês, os representantes dos Brics aprofundarão os estudos para criação do banco de desenvolvimento do bloco – uma espécie de BNDES conjunto – e de um fundo de reservas internacionais. Na avaliação de Sérgio Souza, esses seriam dois passos “fundamentais” para o fortalecimento do bloco. Com a criação do banco, as cinco nações coordenariam definitivamente suas ações econômicas e ganhariam ainda mais poder para discutir não apenas essas questões, mas também grandes temas mundiais, contribuindo para a “convivência pacífica e harmônica” entre os países. O anúncio oficial sobre a criação, no entanto, deve ocorrer apenas na 6ª Cúpula, a realizar-se no Brasil em 2014, informou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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