Randolfe Rodrigues critica uso privado de bens públicos

Da Redação | 01/02/2013, 12h50

“O grande inimigo da República é o uso privado da coisa pública; é a apropriação da coisa pública como se bem pessoal seu fosse”. Assim, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) iniciou seu pronunciamento, nesta sexta-feira (1º), em defesa da candidatura do senador Pedro Taques (PDT-MT) à presidência do Senado Federal.

Randolfe lembrou ter apresentando inicialmente sua candidatura como forma de reagir ao “falso consenso” e com a prática patrimonialista, herdada, segundo ele, da política portuguesa, de fazer uso privado de bens públicos. A renúncia à candidatura, explicou o senador, aconteceu para apoiar Pedro Taques, em sua avaliação um dos senadores com valor republicano.

Na opinião de Randolfe, o Legislativo não tem cumprido adequadamente as funções constitucionais de representar, legislar e fiscalizar. Para ele, as decisões tomadas pelos parlamentares não representam o pensamento da sociedade e a função de legislar também não está sendo bem desempenhada, uma vez que, por exemplo, mais de três mil vetos presidenciais continuam sem votação. Ainda em sua avaliação, a atribuição de fiscalizar não é exercida de forma adequada pelo Legislativo. Para exemplificar, ele citou o resultado da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista do Cachoeira, que decidiu encaminhar ao Ministério Público a continuidade da investigação.

Em sua opinião, Pedro Taques manterá a altivez, soberania e independência ao presidir o Senado. Randolfe assegurou que a agenda a ser cumprida por Taques não será “refém de nenhum poder, mas uma agenda que pertença ao Brasil”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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