‘Laranja’ é incluído em programa de proteção a testemunhas pela CPI do Cachoeira
Anderson Vieira | 29/08/2012, 19h15
O contador Gilmar Carvalho Moraes e a ex-mulher dele, Roseli Pantoja, vão ser incluídos no Programa de Proteção à Testemunha do Ministério da Justiça. O pedido foi feito nesta quarta-feira (29) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira.
Acusados de serem proprietários de empresas fantasmas ligadas ao esquema do empresário goiano, que continua preso, eles já prestaram depoimento à CPI e agora alegam que estão sofrendo ameaças de morte.
Roseli Pantoja esteve na CPI no início do mês, quando alegou desconhecer ser dona de qualquer empresa a não ser um de box de artigos de rock em uma feira de produtos importados no Distrito Federal. Na ocasião, ficou claro para o relator Odair Cunha (PT-MG) que ela teve o nome usado indevidamente pelo esquema de Cachoeira para a abertura de pessoas jurídicas de fachada.
Nesta quarta-feira, foi a vez de Gilmar Moraes se pronunciar. Ele contou que vinha sendo ameaçado por Valdeir Fernandes Cardoso, para quem devia R$ 7 mil, e foi então obrigado a atuar como ‘laranja’, ao dar entradas em processos para constituição de pelo menos quatro empresas.
– Tinha consciência que estava fazendo algo errado. Mas não tinha saída, pois estava me sentindo ameaçado. Tenho certeza de que foi ele [Valdeir] quem usou meus documentos. Peço a ajuda desta CPI para localizá-lo – relatou.
Encerrada a reunião, o vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP) informou que Gilmar Moraes seria acompanhado por um policial federal para ir até ao Ministério da Justiça dar início aos trâmites burocráticos para inclusão no programa de proteção.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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