Deputados divergem sobre atuação de Pagot

Da Redação | 28/08/2012, 13h28

O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou há pouco que o ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, apesar de se mostrar como vítima de um suposto complô que envolveria a empresa Delta e o contraventor Carlinhos Cachoeira, na verdade “foi um Papai Noel para a Delta”.

Onyx disse que, durante a gestão de Pagot à frente do Dnit, a Delta aumentou o número de contratos e o valor de seu faturamento decorrente desses contratos junto ao departamento, que é vinculado ao Ministério dos Transportes. O deputado também chamou atenção para os aditivos de preços nas obras da Delta que foram aprovados pelo Dnit.

– Ocorreu um milagre da Delta no Dnit – criticou Onyx.

Segundo o deputado, o faturamento da Delta decorrente de seus contratos com o Dnit aumentaram de R$ 397 milhões em 2007 para R$ 800 milhões em 2011.

– Investigar a Delta é chegar ao corruptor ativo, àquele que paga o suborno, que corrompe efetivamente – declarou Ônyx.

Já o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) defendeu Pagot, afirmando que o ex-diretor do Dnit “é visto como alguém competente, tocador de obras”. Sampaio disse ainda que as explicações de Pagot sobre contratos e aditamentos sob sua gestão no Dnit “são todas razoáveis”.

– Pagot foi vítima da postura deste governo federal, de uma injustiça brutal – declarou Sampaio, acrescentando que o ex-diretor do Dnit era elogiado quando Dilma era a ministra ‘mãe do PAC’, mas foi demitido após o suposto complô de Cachoeira e da Delta.

Pagot esteve à frente do Dnit entre 2007 e 2011. Seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira está sendo realizado no Senado, na sala 2 da ala Nilo Coelho, e pode ser acompanhado pela página da TV Senado.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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