Sarney lamenta morte de Dom Eugênio Sales

Rodrigo Baptista | 10/07/2012, 12h20

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), lamentou a morte do cardeal dom Eugenio de Araújo Sales, arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele faleceu na noite desta segunda-feira aos 91 anos na capital fluminense.

Sarney disse que “o Brasil fica menor sem dom Eugenio Sales” e observou que o cardeal deixou um legado importante para a Igreja Católica.

- Perde o Brasil e a Igreja Católica uma de suas figuras mais eminentes, não só de nosso tempo, como de todos os tempos. Ele marcou a Igreja com sua missão apostólica e, ao mesmo tempo, a extensão que ele deu a essa missão no sentido da caridade, do respeito às pessoas, aos direitos humanos e, sobretudo, na evangelização – disse o presidente do Senado.

Sarney lembrou também que dom Eugenio Sales foi um dos responsáveis, junto com dom Hélder Câmara, pela criação da Feira da Providência e da Campanha da Fraternidade, chegou a ter seu nome cogitado entre os candidatos a papa, depois da morte de João Paulo I.

Segundo a Arquidiocese do Rio de Janeiro, dom Eugenio Sales morreu de infarto em sua residência. O velório será nesta terça-feira (10) na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no centro da capital. O enterro ainda não tem data marcada, mas deve ocorrer, segundo informações da arquidiocese, na quarta-feira (11) no mesmo local.

Nascido em Acari (RN), em 11 de novembro de 1920, Dom Eugênio Sales foi ordenado bispo aos 33 anos, em Natal (RN), com apenas 11 de sacerdócio. Em 1968, tornou-se arcebispo de Salvador e, em 1971, arcebispo do Rio de Janeiro. Ele ficou à frente da arquidiocese carioca até 2001.

Reconhecimento

Dom Eugênio Sales foi homenageado pelo Senado em várias ocasiões, como na comemoração dos 50 anos de seu episcopado, em 2004. Em 2010, os 90 anos de idade do cardeal foram celebrados em sessão especial, no dia 9 de novembro, na qual Dom Eugênio foi representado por seu irmão, o arcebispo emérito de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales.

No dia 13 de dezembro de 2011, recebeu a comenda Dom Helder Câmara, concedida pelo Senado Federal em reconhecimento pela contribuição à luta pelos direitos humanos no Brasil. Como novamente não pode participar, em razão de problemas de saúde, foi representado pelo monsenhor Sérgio Costa Couto.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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