Rollemberg defende negociação política para impasse sobre Código Florestal

Da Redação | 11/05/2012, 13h45

Depois de criticar as mudanças feitas pela Câmara dos Deputados no projeto de reformulação do Código Florestal, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) defendeu uma solução política para o impasse diante do iminente veto da presidente Dilma Rousseff ao texto.

Em discurso no Plenário na manhã desta sexta-feira (11), o senador se disse surpreso com as alterações feitas pelos deputados no projeto que havia sido aprovado pelo Senado após muitas negociações.

– Depois de duros debates em que ouvimos por várias vezes cientistas, sociedade civil, autoridades e produtores rurais, conseguimos produzir algo equilibrado e realista. A Câmara participou das negociações e esperávamos que a proposição fosse aprovada como saiu do Senado. Mas, de forma açodada e equivocada, graves mudanças foram aprovadas, e o conteúdo atual não garante mais segurança jurídica.  Tenho convicção de que os parlamentares que aprovaram as mudanças têm consciência que cometeram um equívoco – afirmou.

Rollemberg defendeu uma saída para o impasse a partir do texto produzido no Senado, que, segundo ele, contava com o apoio do governo.

– Temos a agricultura mais sustentável do planeta. O Brasil é um país de abundante biodiversidade; tínhamos a obrigação de conciliar produção com proteção ambiental. Os maiores interessados na solução do problema são os produtores rurais. Eles sabem que precisam produzir com sustentabilidade. Apesar de tudo, estou otimista e creio em uma solução política – afirmou.

Juros

O senador também elogiou a presidente Dilma Rousseff pela forma como tem buscado reduzir os altos juros praticados no país e pela designação dos integrantes da Comissão da Verdade.

– Ela está fazendo algo que todos defenderam sempre. Nossos juros são imorais e impedem o crescimento do setor produtivo. Devemos nos unir não apenas para aplaudir, mas para garantir o apoio à presidente – disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: