Aloysio Nunes critica falta de contrapartida a alta carga de impostos

Da Redação | 26/04/2012, 16h35

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) criticou, nesta quinta-feira (26), o volume dos impostos arrecadados pelo governo federal. Dados da Receita Federal apresentados pelo parlamentar mostram que os brasileiros pagaram aproximadamente R$ 257 bilhões em tributos federais no primeiro trimestre do ano, um aumento de 7,3% em relação ao mesmo período de 2011.

– O governo evidentemente garganteia: este é o melhor resultado do primeiro trimestre da história do Brasil. Nunca antes no Brasil se arrecadou tanto imposto. O cidadão lamenta porque paga cada vez mais e recebe cada vez menos do governo como contrapartida dos tributos que paga – revelou.

Em relação ao pacote de medidas econômicas para ajudar a indústria, anunciado pelo governo no início de abril, Aloysio Nunes argumentou que o alívio dado ao setor foi estimado em cerca de R$ 3 bilhões, o que representaria apenas um dia de arrecadação dos cofres federais.

– Todo o oba-oba em cima de impostos menores para a indústria representa mero 0,1% do PIB, ou seja, nada vezes nada– resumiu.

O senador disse ainda que, entre janeiro e março deste ano, o Imposto de Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado à importação tiveram um aumento de aproximadamente 15% em comparação ao mesmo período do ano passado e isso rendeu cerca de R$ 11 bilhões aos cofres federais. Enquanto isso, o IPI recolhido pela indústria nacional registrou queda de 7,2%, acrescentou.

– Isso é a comprovação aritmética daquilo que todos conhecemos: a desindustrialização do Brasil, que decorre em grande parte da asfixia tributária imposta pelo governo do PT ao setor produtivo brasileiro. A economia mal consegue respirar e o Leão é cada vez mais voraz.

Aloysio Nunes também ressaltou que o PIB do Brasil é um dos que menos cresce na América do Sul e que os remédios que o governo do PT apresenta para melhorar a situação são “ineficazes” e “tornam o nosso sistema tributário mais confuso ainda”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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