Jayme Campos aponta situação caótica do plano de assistência médica dos funcionários do Mato Grosso

Da Redação | 29/02/2012, 20h41

A situação pré-falimentar do MT Saúde, o plano de assistência médica dos servidores públicos do Mato Grosso, levou o senador Jayme Campos (DEM-MT) a apontar o caos administrativo e pedir gestão mais transparente. Ele salientou que o MT Saúde é, em grande parte, subsidiado pelo estado de Mato Grosso, o que reforça a necessidade de transparência. Jayme Campos informou que a entidade, mesmo recebendo dinheiro público, é gerida por um grupo privado. O plano de saúde conta com 54 mil usuários, sendo 17 mil titulares, os funcionários do estado.

De acordo com o senador, o balanço fiscal da instituição aponta gastos anuais em torno de R$ 95 milhões, dos quais R$ 32 milhões provêm do governo estadual. O restante - cerca de R$ 6,5 milhões - é proveniente das contribuições recolhidas dos servidores públicos.

- O Tribunal de Contas de Mato Grosso estranhou a natureza dos gastos do MT Saúde, confrontando seu orçamento com as projeções feitas pela Unimed/Cuiabá, que atende 140 mil cooperados e tem o custo estimado em R$ 30 milhões. De qualquer forma, o que se discute neste momento é a ineficiência na gestão do plano, que não consegue atender os seus conveniados - declarou em Plenário, nesta quarta-feira (29).

Na avaliação de Jayme Campos, a "situação caótica" nas contas do MT Saúde poderia ter sido evitada se a gestão de seus recursos tivesse fosse realizada de maneira democrática.

- Só a gestão transparente e compartilhada poderá garantir, tanto aos usuários quanto aos contribuintes, uma aplicação mais correta e austera do dinheiro arrecadado - disse osenador, segundo o qual tanto os servidores públicos do estado quanto os deputados estaduais se mobilizam para buscar soluções para o MT Saúde.

Em razão da situação do MT Saúde, Jayme Campos informou ter solicitado a elaboração de estudo detalhado com o objetivo de alterar a legislação dos contratos de cobertura em grupo e examinar a possibilidade de criação de conselhos gestores paritários entre os entes públicos e os cooperados na administração de planos de saúde que envolvam a contribuição de servidores públicos e a contrapartida de recursos do erário.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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