Países divergem sobre caráter pacífico de programa nuclear do Irã
Da Redação | 01/06/2010, 21h06
Em defesa do entendimento com o Irã, o governo brasileiro tem reiterado a sua interpretação de que o programa nuclear iraniano teria apenas "fins pacíficos". Nem todos os países, porém, concordam com essa avaliação.
O governo dos Estados Unidos tem liderado um esforço internacional para obter apoio do Conselho de Segurança das Nações Unidas a novas sanções ao governo de Teerã, como forma de tentar evitar a fabricação de armas nucleares por aquele país.
Segundo recentes relatórios dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, o Irã poderá vir a ser capaz de produzir uma arma atômica nos próximos cinco a dez anos. E um Irã nuclear modificaria intensamente o atual cenário geopolítico no instável Oriente Médio.
O primeiro programa nuclear iraniano começou ainda nos anos 60, durante o regime do xá Reza Pahlevi. Foi abandonado após a Revolução de 1979, que estabeleceu no país uma república islâmica. O programa foi retomado nos anos 90. Mas somente após a posse, em 2005, do presidente Mahmud Ahamadinejad, considerado um líder islâmico radical, passou realmente a preocupar a comunidade internacional.
Em 2006, o Irã anunciou a retomada de seu programa de enriquecimento de urânio, que havia sido interrompido em 2003 pelo então presidente Mohammad Khatami, considerado um moderado, depois da divulgação de denúncias sobre a existência de um programa nuclear secreto. Em dezembro de 2006, o Conselho de Segurança da ONU aprovou sanções contra o Irã e exigiu a interrupção do enriquecimento de urânio por aquele país.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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