Sarney: quem não se recadastrar corre risco de demissão

Da Redação | 28/10/2009, 13h18

O funcionário que estiver enfrentando problemas com o computador para se recadastrar e provar que não está agindo de má-fé vai ter a oportunidade de se justificar perante a administração do Senado para não ficar sem receber salário. Do contrário, ficará sem remuneração e responderá pela ausência ao trabalho de acordo com as regras da administração pública, podendo ser demitido.

A informação é do presidente do Senado, José Sarney, que, ao chegar nesta quarta-feira (28), ao Congresso foi questionado pelos jornalistas sobre funcionários que estão tentando se recadastrar, mas enfrentam problemas com o programa de computador disponível para o censo.

- Eles vão poder provar que houve problema na informática e que não se trata de irregularidade nem de ausência deles. Vão ter oportunidade de se justificar. Evidentemente que quando se corta o vencimento, os que têm direito, que estão legalmente na Casa e que provam que houve problema no computador, terão oportunidade de demonstrar isso. Agora, quem não se cadastrar, quem não comparecer, será sumariamente demitido e vamos apurar responsabilidades - afirmou Sarney.

O senador explicou que sua orientação aos órgãos administrativos do Senado foi que mandassem suspender o pagamento de qualquer funcionário que não atender à exigência do recadastramento. Ele observou que exatamente quando forem suspensos esses pagamentos, quem está trabalhando e não se recadastrou vai ter a oportunidade de explicar-se.

- Cancelar o pagamento é uma maneira de a gente provocar imediatamente a regularização de todos os funcionários da Casa - disse ele.

Zoghbi

Questionado sobre a situação de José Carlos Zoghbi, ex-diretor de recursos humanos que teve sua demissão recomendada por comissão de sindicância do Senado, Sarney afirmou que vai examinar esse processo. Se a conclusão dos organismos jurídicos da Casa for pela demissão do servidor, ele acatará a recomendação.

- Se essa for a conclusão de todos os órgãos, não há porque eu contrariar. Mas eu não conheço ainda o processo.

Reforma administrativa

Antes de encerrar a entrevista, ele também disse que pretende acatar todas as recomendações da Fundação Getúlio Vargas destinadas a enxugar a administração do Senado. O senador reafirmou seu propósito de reduzir em 40% a estrutura do Senado e de executar diversas medidas a destinadas a deixar a instituição mais transparente.

- Tomamos a providência, não só de fazer o recadastramento, como de auditar todos os contratos feitos pela Casa. Todas as medidas relativas à moralização do Senado têm sido tomadas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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