Plenário aprova nome de Henrique Sardinha Pinto para a embaixada na Argélia

O ministro de primeira classe do Ministério das Relações Exteriores, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, teve a nomeação aprovada pelo Plenário, na noite desta quarta-feira (17), para o cargo de embaixador do Brasil na Argélia. Foram 42 votos favoráveis e 6 contrários. A aprovação será comunicada à Presidência da República.

Sardinha Pinto formou-se em Direito pela então Universidade do Distrito Federal (UDF) em 1981. No ano seguinte, foi 2º secretário da embaixada brasileira na Itália e 2º e 1º secretário da embaixada brasileira na Bolívia, em 1986. Dois anos depois, na embaixada do Brasil na Nicarágua, atuou como conselheiro, função que também exerceu no Canadá, em 1997. Em 2006, atuou como chefe de gabinete da Subsecretaria Geral de Cooperação e Comunidades Brasileiras no Exterior.

Durante a reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional que aprovou sua indicação, realizada no dia 10 de junho, Sardinha afirmou que a Argélia está entre as prioridades da política externa na África. Ele recordou que o presidente argelino Abdelaziz Bouteflika co-presidiu - ao lado do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva - a primeira reunião de cúpula entre países árabes e países da América do Sul, realizada em Brasília.

Apesar da aproximação política, porém, o comércio bilateral ainda é bastante deficitário para o Brasil. Em 2008, as trocas bilaterais alcançaram US$ 3,1 bilhões, como informou o embaixador. E o déficit brasileiro foi de US$ 1,8 bilhão.

O Brasil exporta carne e açúcar e importa da Argélia petróleo bruto e nafta, que correspondem a 80% de nossas importações daquele país. O comércio com a Argélia é considerado "de relativa importância" e responde por US$ 3,1 bilhões, sendo que o saldo da balança comercial está negativo para o Brasil em US$ 1,86 bilhões.

Para compensar o déficit comercial, informou o diplomata ainda durante a reunião, o governo brasileiro tem demonstrado interesse pelo plano de desenvolvimento recentemente anunciado pela Argélia. Empresas brasileiras, como citou, já receberam encomendas de obras de construção de gasodutos, aterros sanitários e viadutos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)