Esquema dos sanguessugas envolvia 25 outras empresas

Da Redação | 14/12/2006, 16h33

O esquema de compra de ambulâncias por valores superfaturados com recursos do orçamento da União não estava restrito apenas às 21 empresas do grupo Planam, mas envolvia outras 25 empresas, de acordo com o segundo volume do relatório final do senador Amir Lando (PMDB-RO), aprovado nesta quinta-feira (14) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas.

Amir Lando salienta que o rol apresentado no relatório não é exaustivo, mas apenas pretende dar uma noção de como a corrupção pode surgir a partir de lacunas existentes no orçamento público.

- Causa verdadeiro pânico imaginar quantos outros grupos empresariais assemelhados podem existir em outros setores da administração pública, e que ainda seguem impunes - alertou o relator.

Neste segundo volume do relatório, que contém 477 páginas, Amir Lando sugere o financiamento público de campanhas eleitorais e o término das transferências de recursos públicos para organizações não-governamentais (ONG's), entre outras medidas, como mecanismos de controle com a finalidade de evitar a má utilização dos recursos públicos.

Amir Lando não propôs nenhum projeto de lei ou proposta de emenda à Constituição neste sentido porque, conforme explicou, já existem proposições em tramitação no Congresso Nacional com o objetivo de disciplinar o uso de recursos do orçamento da União. Para ele, devem ser inseridas nas discussões parlamentares as sugestões de como melhorar o controle da administração pública oferecidas pela comissão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)