TIÃO VIANA PEDE A GOVERNO SOLUÇÕES PARA ORIENTE MÉDIO

Da Redação | 20/10/2000, 00h00

O agravamento dos confrontos entre palestinos e israelenses levou o senador Tião Viana (PT-AC) a fazer um apelo em Plenário, nesta sexta-feira (dia 20), para que o governo brasileiro também intervenha no conflito. "Nossa chancelaria, com uma longa história de prudência e cautela, precisa movimentar-se no sentido de oferecer algum tipo de contribuição para o encaminhamento da questão que convulsiona, uma vez mais, o Oriente Médio", afirmou.

Viana também estendeu essa convocação ao Congresso Nacional. "Que ele acompanhe atentamente o desenrolar dos acontecimentos e, no limite de sua capacidade, ajude o Brasil a posicionar-se bem ante a crise que se abate sobre o Oriente Médio", declarou. Para o senador petista, um parlamento identificado com as demandas de seu tempo exige flexibilidade para incorporar às suas funções tradicionais os novos papéis impostos pela realidade contemporânea.

Ao defender o envolvimento do Brasil na desavença histórica entre palestinos e israelenses, Tião Viana lembrou que não está em jogo apenas um disputa territorial. Na verdade, esse episódio colocaria dois desafios à comunidade mundial: risco de desestabilização econômica, diante da dependência do petróleo produzido no Oriente Médio, e superação de divergências, sejam de caráter religioso ou político, sem fazer uso da força.

Na opinião de Tião Viana, é imperiosa a ação da comunidade internacional no sentido de promover o imediato cessar das hostilidades para, então, reabrir as negociações de paz. Observou que ninguém mais questiona a criação do Estado de Israel para os judeus, mas, para pôr um ponto final nesse conflito milenar, o senador considera fundamental a criação do Estado da Palestina, já prevista na resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que criou o Estado de Israel, em 1948. Pelo acordo, esse território deveria ser partilhado para abrigar os dois estados. Mas, até hoje, não saiu do papel.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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