CDH fará diligência para acompanhar população vulnerável no RS

Bárbara Gonçalves | 15/05/2024, 13h54 - ATUALIZADO EM 15/05/2024, 16h40

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou nesta quarta-feira (15) a realização de diligência externa no estado do Rio Grande do Sul para acompanhar a situação humanitária quanto à assistência a crianças, idosos e pessoas com deficiência.

A intenção, segundo o autor do requerimento (REQ 32/2024 - CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), é que o grupo realize a diligência, ainda sem data definida, juntamente com a Comissão Temporária Externa do Rio Grande do Sul. O estado enfrenta uma catástrofe de grandes proporções, com mais de 2,1 milhões de pessoas atingidas diretamente pelas enchentes e mais de 600 mil desalojadas de suas casas. Ao mesmo tempo, destruição da infraestrutura do Rio Grande do Sul dificulta as ações de socorro.

— Nós deixaremos que cada comissão escolha qual senador irá acompanhar. Porque de fato, lá nessas realidades, como eu tenho acompanhado fica, não digo apavorado ou assustado, nós voltamos chorando, o termo é esse — disse emocionado. 

Paim, que integra a Comissão Temporária Externa do Rio Grande do Sul, explicou que a iniciativa é mais uma forma de garantir, proteger e resguardar os direitos da população gaúcha.

Voluntários

Ele destacou a atuação das equipes de bombeiros e parabenizou os voluntários pelas ações desempenhadas. A sociedade civil, destacou o senador, tem atuado para reverter o cenário de tragédia. Paim os classificou como “heróis voluntários”. 

Paim pediu apoio dos membros da CDH na aprovação do projeto encaminhado pelo governo Lula, que suspende os pagamentos de 36 parcelas mensais da dívida do Rio Grande do Sul com a União para que o dinheiro possa ser aplicado em ações de enfrentamento da situação de calamidade pública provocada pelas chuvas nas últimas semanas. A expectativa é que a matéria seja votada em Plenário com urgência. 

Em mais de duas semanas das primeiras tempestades, mais de 400 municípios gaúchos tiveram bairros inteiros inundados pelas cheias dos rios.

Considerada a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, as tempestades já deixaram o número oficial de 149 mortos e 108 desaparecidos. Há mais de 600 mil pedsoas desalojadas de suas casas, sendo 76,5 mil acolhidos em abrigos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)