Acidente encerra tragicamente 28 anos de intensa vida política de Eduardo Campos

Da Redação | 13/08/2014, 14h45

Morto em queda de avião na manhã desta quarta-feira (13), o candidato à Presidência Eduardo Campos era filho do cronista e poeta Maximiano Campos (1941-1998) e da ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes. Era casado com Renata Campos, com quem teve cinco filhos.

Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu no Recife (PE) em 1965. Formou-se em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com apenas 20 anos. Ele era neto do ex-governador Miguel Arraes (1916-2005), que foi perseguido pelo regime militar. Foi ao lado do avô que iniciou sua carreira política. Quando Arraes assumiu o governo de Pernambuco, em 1987, nomeou Eduardo Campos seu chefe de gabinete. Três anos depois, Campos entrou para o PSB, partido a que ficou filiado até sua morte.

Foi eleito deputado estadual em 1990 e quatro anos depois chegou à Câmara dos Deputados, onde permaneceu até 2007. Muito ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ministro da Ciência e Tecnologia, entre 2004 e 2005. Também foi governador de Pernambuco entre 2007 e 2014, quando o estado cresceu acima da média nacional. Venceu as eleições de 2006 no segundo turno e, em 2010, disputou a reeleição e obteve a vitória no primeiro turno com mais de 80% dos votos válidos.

Depois de registrar altos índices de aprovação popular, renunciou ao governo estadual para ser candidato à Presidência da República, em uma chapa formada com a ex-senadora Marina Silva. Após romper com o governo da presidente Dilma Rousseff e migrar para a oposição, Campos ocupava o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.  

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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