Protestos mostram necessidade de reforma política, diz Rollemberg

Da Redação | 20/06/2013, 19h20

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) afirmou nesta quinta-feira (20) que as manifestações que vêm sendo realizadas em todo o país podem reunir diferentes reivindicações, mas que todos esses pedidos guardam relação entre si. Na opinião do senador, as críticas são à política e às instituições e têm relação com a corrupção e com a necessidade de uma reforma política.

- São temas que estão vinculados ao combate à corrupção. E a corrupção é a praga que drena os recursos que deveriam ir para serviços públicos essenciais da população, que é outra sorte de reivindicações dessas manifestações - afirmou.

Para o senador, os gritos que diziam “O povo unido governa sem partido” eram um recado para os políticos de que a população não acredita mais nos partidos e demonstra a necessidade de uma reforma política. Para ele, é preciso mudar o paradigma da discussão e deixar de lado mudanças casuísticas. Como exemplo, citou o projeto que cria restrições para o surgimento de novos partidos políticos (PLC 14/2013).

Em abril, Rollemberg conseguiu liminar para impedir a tramitação do projeto, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o mandado de segurança nesta quinta-feira. Para o senador, o projeto é fruto da vontade da maioria que, de maneira oportunista, quer prejudicar a fundação do partido que a ex-senadora Marina Silva tenta criar para se candidatar à Presidência da República.

- E é contra isso que as ruas também estão se manifestando, contra a forma de legislar do Parlamento brasileiro, contra esse casuísmo, que é um casuísmo permanente. Agora foi esse projeto, mas acho que podemos dar outros exemplos de atitudes similares – lamentou.

Rollemberg disse ter se associado ao senador Cristovam Buarque (PDT-DF) na defesa de uma Assembleia Constituinte dedicada à reforma política, com controle rígido para que o poder econômico não influencie nas escolhas dos parlamentares integrantes.

- Nós só faremos uma reforma política verdadeira no Brasil com uma constituinte exclusiva para isso – defendeu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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