Sarney afirma que universalização da saúde ainda é desafio para o país

Rodrigo Baptista | 19/03/2012, 12h40

Ao elogiar o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Fraternidade e Saúde Pública”, o presidente do Senado afirmou que a universalização da saúde ainda é um desafio para o país. Sarney presidiu a sessão de homenagem do Senado à Campanha da Fraternidade, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

- A Campanha da Fraternidade tem razão quando diz que o SUS ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a contento, sobretudo os mais necessitados desse serviço. Infelizmente, nós lidamos com a ausência de recursos e os investimentos não acontecem na escala necessária - alertou Sarney, que exaltou a 49ª edição da campanha como “um momento decisivo na consciência nacional em relação à saúde pública".

Sarney também apontou a desproporção entre o número de médicos nas cidades mais desenvolvidas e os que se dispõem a trabalhar nos locais mais distantes e pobres do país como um desafio a ser superado. Segundo Sarney, apesar de a iniciativa para aprimorar o SUS ser de responsabilidade do Executivo, o Congresso não pode fugir à responsabilidade.

- O problema é de grande complexidade e depende mais de medidas executivas do que legislativas. Entretanto, o Congresso Nacional não tem fugido e nem pode fugir à responsabilidade que tem nessa questão. São muitas as matérias que temos em debate aqui no parlamento – ponderou.

Em seu discurso, Sarney apontou como bandeiras da Campanha da Fraternidade 2012 a redução da mortalidade infantil, a melhoria da saúde materna, o combate a epidemias e doenças e a garantia de sustentabilidade ambiental.

- São pontos tirados das Metas do Milênio que, portanto, deveriam ser atingidos em 2015. Façamos todos um esforço para que tudo isso se torne uma realidade. Mas o mais necessário, a meu ver, é mudar a regra de que os atendimentos dos serviços de saúde pública e de saúde privada estão muito distantes em qualidade – disse Sarney.

Sarney ressaltou ainda o papel histórico da CNBB na luta por justiça social no país. Segundo o presidente do Senado, a instituição “se dedicou a ser uma presença ativa no campo social no Brasil”.

- Ela é inspiradora e promotora das mais importantes ações modificadoras da maneira com que a sociedade brasileira trata os mais desamparados. A Campanha da Fraternidade tem sido sempre um grande despertar de esperanças – disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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