Renan cobra campanha de desarmamento do governo

Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado - Quarta-feira, 15 de Maio de 2013
15/05/2013 00h00

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), manifestou preocupação com o resultado do "Mapa da Violência" elaborado em parceria entre o Instituto Sangari e o Ministério da Justiça. Os números mostram o aumento da criminalidade e o crescimento de mortes causadas por armas de fogo no Brasil.Segundo o levantamento, em 30 anos, o número de mortes causadas por armas de fogo cresceu 346,5% no país. Em 2012 foram mais de 38 mil vítimas. O ano mais violento foi 2009, quando ocorreram 39.677 mortes.

De acordo com a pesquisa, o crescimento da mortalidade por armas de fogo foi causado diretamente pelo aumento dos homicídios em todas as regiões do país. O estudo também revela que é justamente entre os jovens com idade entre 15 e 29 anos que o número de assassinatos e de mortes provocadas por disparo de arma de fogo mais cresceram. O aumento foi de 414%.

"É inadmissível a facilidade com que se consegue armas no país, isso acaba contribuindo ainda mais para o aumento da violência", alertou o presidente do Senado Renan Calheiros.

O Mapa da Violência aponta que há uma ligação direta entre o número de assassinatos com a quantidade de armas em circulação. Em 2005, o uso e o porte de armas de fogo foi intensamente discutido no Congresso e pela sociedade num referendo popular de iniciativa do presidente do Senado, Renan Calheiros, que pretendia proibir a venda de armas e munição em todo o país.

Hoje as normas para o porte de armas e a licença de armas de fogo estão regulamentadas no
Estatuto do Desarmamento. Um levantamento feito pela Polícia Federal revela que, depois de relativa estabilidade, o Brasil vem registrando desde 2007 um crescimento na compra por civis de armas novas legalizadas — não entra nessa conta o comércio de armas usadas. Logo após a aprovação do estatuto, o número de autorizações dadas pela PF para a compra de uma arma nova foi, em média, de 7 mil por ano, em 2012, o número quadruplicou. Foram 31.500 registros expedidos, sendo a maioria deles, 18.627 (60%), destinados a cidadãos comuns.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, cobrou do governo medidas urgentes que visem ao desarmamento da sociedade. "O Brasil, depois de um período de relativa estabilidades nestes números, volta a apresentar dados alarmantes. É preciso que o governo volte a intensificar as campanhas de desarmamento e invista pesado em campanhas educativas para revertermos esta curva que, é, reitero, assustadora", concluiu.

 

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