Senado economiza meio bilhão em dois anos, anuncia Renan

“É o compromisso desta Mesa Diretora de fazer mais com menos. Fizemos cortes significativos. Não foram fáceis. Esta mesa fez grandes e pequenas mudanças, mas todas muito difíceis”, observou Renan.
09/12/2014 16h55

Senado economiza meio bilhão em dois anos, anuncia Renan. Foto: Jonas Pereira

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta terça-feira (09) os números da economia feita na administração da atual Mesa Diretora e inaugurou o novo painel de votações do Plenário. “É o compromisso desta Mesa Diretora de fazer mais com menos. Fizemos cortes significativos. Não foram fáceis. Esta mesa fez grandes e pequenas mudanças, mas todas muito difíceis”, observou Renan.

O presidente informou que na próxima semana deverá ser publicado um relatório de prestação de contas. “Do ponto de vista da despesa este é o segundo ano que o Senado não usa a suplementação orçamentária. No ano que passou, nós devolvemos R$ 285 milhões e este ano nós estaremos devolvendo quase a mesma quantidade”, comunicou Renan Calheiros.

Renan fez um comparativo dos últimos cinco anos. Em 2010 o Senado gastou R$ 3,14 bilhões; em 2011, R$ 3,26 bi; em 2012, R$ 3,32 bi; em 2013, R$ 3,32 bi e em 2014, R$ 3,05 bi. “Levando em consideração que nós tivemos a aprovação de uma lei que deu um aumento na remuneração dos servidores públicos, fizemos uma economia nominal de R$ 800 milhões”, observou Renan.

“É importante que se diga que tivemos economia em itens importantes como no consumo de papel, energia elétrica e água. Outro corte importante foi com as horas extras que em 2010 chegou a R$ 63 mi e em 2014 foi de R$ 4 mi. Com os Correios, gastos que chegaram a R$ 16 milhões em 2010 alcançaram apenas R$ 2,5 milhões este ano. Os gastos com a verba indenizatória que chegou a R$ 30 milhões em 2012 caiu para R$ 20 milhões este ano. E com diárias e passagens, em 2010 gastamos R$ 16 mi e em 2014, 2,8mi”, informou Renan Calheiros.

Além de um novo painel de votações na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o presidente também entregou um novo painel no Plenário do Senado. Por esses painéis será possível acompanhar a transmissão ao vivo da TV Senado e das galerias será possível visualizar o orador que está com a palavra. O painel também vai permitir o registro da orientação de liderança e a exibição de vídeos e apresentações sobre o tema que estiver sendo discutido.

“O mais importante é que os equipamentos de votação serão acessíveis a quem não pode mexer as mãos. Há a possibilidade de reconhecimento por íris e do voto com o piscar dos olhos ou os pés. O terminal terá teclas com relevo em Braille e exibe o voto do parlamentar que pode confirmar, evitando votos por engano”, explicou o presidente do senado. O novo sistema permite a publicação em tempo real do resultado das votações. Renan Calheiros também falou sobre os investimentos da atual Mesa Diretora. Em 2010 foram R$ 28 mi, em 2013, R$ 22 mi e em 2014, R$ 67 mi.

“Todas essas melhorias do Plenário e das Comissões. Tudo isso foi feito a um custo de R$ 4 milhões inteiramente custeados pela venda da folha de pagamentos ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal. Multiplicamos em 300% os investimentos do Senado Federal”, disse. O presidente também citou a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que apontou o Senado como o órgão com 100% de transparência. Vários senadores parabenizaram a Mesa Diretora e o presidente Renan Calheiros pelas economias e investimentos.

O novo painel do Plenário foi inaugurado com a votação de autoridades. Marco Antônio Diniz Brandão foi aprovado com 51 votos sim, quatro não e nenhuma abstenção para ser o novo embaixador do Brasil no Vietnã; Paulo Antônio Pereira Pinto foi aprovado por 52 votos sim, cinco não e nenhuma abstenção para o cargo de embaixador do Brasil na Bielorrússia; e Pablo Valdemar Renteria foi conduzido ao cargo de diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com 56 votos sim, quatro não e uma abstenção.