O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou nesta quarta-feira (19) uma carta às mulheres que vão receber o Diploma Bertha Lutz. A premiação foi instituída pelo Senado em 2001 como forma de homenagear brasileiras que se destacam na luta pela igualdade de gênero e transformação social. A solenidade da 13ª edição da homenagem será no dia 23 de março, no Plenário do Senado.

Cinco mulheres, indicadas pela sociedade e avaliadas por uma comissão do Senado foram as vencedoras:  Cristina Maria Buarque, secretária da Mulher do Governo de Pernambuco desde 2007; Delaíde Alves Miranda Arantes, ministra do Tribunal Superior do Trabalho; Magnólia de Sousa Monteiro Rocha, médica fundadora da Liga do Câncer; Maria José Rocha Lima, conhecida como Zezé Rocha, professora e ex-deputada estadual da Bahia; e Maria Lygia Maynard Garcez Silva, fundadora da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Sergipe (Apada-SE).

Cristina Maria Buarque

É militante feminista, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco e foi presidente da Casa Mulher do Nordeste e Secretária Executiva do Projeto Mulher & Democracia. Formada em Economia, é Mestra em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco.

Delaíde Alves Miranda

Foi advogada trabalhista durante trinta anos e iniciou sua carreira como empregada doméstica. Participa ativamente, em vários Estados do Brasil, das discussões sobre a Emenda Constitucional e a Regulamentação pelo Congresso das normas sobre o trabalho doméstico.

Magnólia de Sousa Monteiro

Dedica o trabalho às portadoras da doença e ao desenvolvimento de ações que vão desde a prevenção até o diagnóstico precoce do câncer, com prioridade para os tipos mais incidentes (colo do útero e mama) e especialmente aos cuidados das doentes da região Norte do país.

Zezé Rocha

É mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia-UFBA, Psicopedagoga e ex-consultora da UNESCO (2008-2012). Elaborou o Programa de Alfabetização do Ministério da Educação de Angola e recebeu o Prêmio Nacional de Educação Darcy Ribeiro, da Câmara dos Deputados, em 2010, pela realização do Programa Feliz Cidade.

Maria Lygia Maynard Garcez Silva

Teve uma filha que nasceu surda e foi sua inspiração para lutar pela capacitação das pessoas com deficiências auditivas. Juntou-se a outras mães e elaborou o estatuto para fundar a Apada-SE e implantar a primeira sala de aula no país com sinais de Libras.

Combate à Violência

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também enviou um ofício aos partidos que compõem o Senado para indicarem nomes para Comissão Permanente de Combate à Violência Contra Mulher. A comissão foi criada por recomendação da Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra Mulher cujas investigações em 18 estados no ano de 2013 resultaram numa série de recomendações para evitar a violência. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado no ano passado, mostra que entre 2001 e 2011 morreram em média 5.664 mulheres por ano devido a causas violentas; o equivalente a uma morte a cada 1h30.