Renan defende imediata votação da Reforma Política

Renan lembrou que há 12 anos a Casa já tinha aprovado mudanças profundas no sistema eleitoral brasileiro, que não avançaram na Câmara dos Deputados.
25/02/2015 18h05

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falou nesta quarta-feira (25) sobre a decisão de acelerar a votação da Reforma Política no Senado. Renan lembrou que há 12 anos a Casa já tinha aprovado mudanças profundas no sistema eleitoral brasileiro, que não avançaram na Câmara dos Deputados. O presidente do Senado apresentou aos líderes dos partidos onze projetos que tratam sobre o tema e que estão prontos para serem votados pelo Plenário.

Entre os projetos está a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que aumenta exigência de apoiamento para a criação de novos partidos e a obrigatoriedade de afastamento do chefe do Poder Executivo para concorrer as eleições e o fim das coligações nas eleições proporcionais. Outra proposta prevê a eleição por voto proporcional de vereadores em cidades com mais de 200 mil habitantes.

Até a próxima sexta-feira (27), os líderes deverão encaminhar à Presidência uma lista com os projetos considerados prioritários sobre a reforma política. “Se há algo para o qual não há consenso nenhum é para a Reforma Política. Então quando não há consenso, o Parlamento delibera, vota. O que não pode é não votar. Se nós não reformarmos a política, nos todos seremos reformados”, ponderou Renan.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse também que o Governo Federal precisa definir com clareza a amplitude do ajuste fiscal que pretende fazer na economia para garantir a retomada do crescimento. “A discussão é qual é a intensidade  do ajuste, se esse ajuste vai resolver o problema do déficit, o ministro da Fazenda falou que houve uma escorregadinha do ponto de vista fiscal, parece que não foi uma escorregadinha, foi um escorregadão. É preciso que a sociedade entenda que o ajuste vai reequilibrar o pais do ponto de vista fiscal. Precisamos devolver essa confiança, que num curto espaço de tempo teremos a retomada do crescimento”, afirmou Renan.

O presidente do Senado voltou a discutir a coalizão entre PMDB e o Executivo. Renan cobrou maior participação do partido na formulação de políticas públicas do país. “Coalizão é discutir programas e políticas públicas. Não é  discutir cargos. O papel do PMDB é estabelecer um  fundamento para a coalizão, quais são os fundamentos dessa coalizão”, analisou.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também comentou o rebaixamento da nota de risco da Petrobras pela agência Moody´s. “Tudo o que não contribui para a geração de renda, para a melhoria da economia, preocupa. Então nesse sentido, preocupa o rebaixamento da Petrobras”, comentou.